O
sistema de votação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou pelo menos
260 candidatos que tiveram os nomes inseridos na urna eletrônica mesmo com a
candidatura barrada pela Justiça Eleitoral, de acordo com levantamento feito
pela Agência Brasil. Os dados referem-se aos cargos de deputado federal,
senador e governador.
O
deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), candidato à reeleição, foi o mais votado,
com 250 mil votos. Maluf foi barrado pela Lei da Ficha Limpa, mas se ganhar um
recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou no Supremo Tribunal Federal
(STF) poderá ser diplomado para assumir o cargo. A decisão também poderá mudar
a bancada de deputados federais do estado eleita domingo (5), no primeiro turno
das eleições.
De
acordo com os dados contabilizados pelo TSE, os estados que tiveram mais
candidatos que concorreram ao cargo de deputado federal com a candidatura
barrada foram Rio de Janeiro (102 candidatos) e São Paulo (74). Na corrida para
o Senado, foram registrados cinco candidaturas indeferidas: Pará (1), Rio de
Janeiro (1), Rio Grande do Norte (1) e São Paulo (2). Nos governos estaduais
apareceram três casos: Distrito Federal, Mato Grosso e Pará.
Apesar
de estarem com os nomes inseridos nas urnas, os votos dos candidatos com
problemas no registro foram computados em separado. De acordo com entendimento
da Justiça, o candidato tem o direito de recorrer até o fim do processo.
Maluf
teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha
Limpa, norma que impede a candidatura de políticos condenados pela segunda
instância da Justiça. Em novembro de 2013, a 10ª Câmara de Direito Público do
Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação de Maluf por ato de
improbidade administrativa. O tribunal considerou que houve irregularidades nos
contratos para construção do Complexo Viário Ayrton Senna quando o deputado era
prefeito da cidade.
Agência
Brasil
Segunda-feira,
6 de outubro, 2014
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