O
Tribunal Superior Eleitoral suspendeu nesta quinta-feira a análise do agravo
proposto pelo PSDB pela continuidade de uma ação que pede a cassação da
presidente Dilma Rousseff por suposto abuso de poder na campanha eleitoral do
ano passado.
A
análise do agravo foi suspensa quando o placar marcava 2 votos a 1 pela
continuidade do processo. Se acolhido o agravo, a ação pedindo a cassação da
presidente e de seu vice Michel Temer terá andamento com a apresentação dos
argumentos da defesa e dos que propuseram a ação, além de posterior análise
pelo plenário da corte.
A
ação, proposta pelos tucanos no final do ano passado, havia sido arquivada por
decisão monocrática da ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura. O partido,
então, entrou com agravo recorrendo da decisão da ministra.
É
esse recurso que está agora sendo analisado pela corte e, até agora, os
ministros Gilmar Mendes e João Otávio de Noronha votaram pela continuidade da
ação, contra o voto pelo arquivamento de Maria Thereza. O TSE é composto por
sete ministros.
A
análise do agravo foi suspensa após pedido de vista do ministro Luiz Fux, que
não tem prazo para analisar o processo de apresentar seu voto.
"Não
diz respeito à eventual cassação de mandato", disse Mendes, lembrando que,
em caso de acolhimento do agravo, haverá amplo contraditório no processo.
Ele
afirmou ainda que como os fatos apontados pela ação são "de gravidade tamanha" cabe ao
tribunal dar andamento ao processo.
Além
desta ação, existem outras tramitando no TSE que podem resultar na cassação da
chapa de Dilma e Temer. Em caso de condenação, a presidente poderá recorrer ao
próprio TSE, com embargos de declaração, ou ao Supremo Tribunal Federal, caso a
defesa argumentar questões constitucionais na condenação.
(Reuters)
Quinta-feira,
13 de agosto, 2015.
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