A
Polícia Federal investiga a relação da consultoria do ex-ministro da Casa Civil
José Dirceu, mensaleiro condenado e preso na 17ª fase da Operação Lava Jato,
com o auxílio funerário a beneficiários do Bolsa Família, grande vitrine
eleitoral do PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Durante
as buscas da Operação Pixuleco, que colocou Dirceu de volta na cadeia, a
força-tarefa da Lava Jato encontrou no escritório do irmão do ex-ministro, Luiz
Eduardo Oliveira e Silva, sócio de Dirceu na JD Consultoria, documentos
relativos a contratos firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Social e a
Seguradora Líder para fornecer e administrar o auxílio aos inscritos no Bolsa
Família - o ministério e a seguradora afirmam que o convênio não chegou a ser
fechado. Mas entre os documentos apreendidos há um que denota o elo entre
Dirceu e a suposta tentativa de convênio. Trata-se da empresa Manzolli
Consultoria Comercial e Negócios, de Campinas, que te como um dos sócios Luiz
Carlos Rocha Gaspar, amigo do mensaleiro.
A
Manzolli tem um contrato para prestar serviços ao suposto convênio, segundo a
reportagem, pelo valor mensal de 240.000 reais. Na mesma leva de documentos
está um contrato da JD com a consultoria pelo valor mensal de 52.000 reais.
Embora o contrato entre a Manzolli e a Federação Nacional de Previdência
Privada e Vida (Fenaprevi), ligada à negociação com a Líder, aparentemente, não
tenha sido efetivado, a PF investiga a ligação de Dirceu e seu irmão com o
convênio. Para o Ministério Público, a empresa ligada a Gaspar era a
'consultoria' da consultoria do petista.
(Da
redação de VEJA)
Sexta-feira,
21 de agosto, 2015
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