A Polícia Federal (PF) deflagrou na
terça-feira (18/06), a Operação Chabu para desarticular uma organização criminosa
que violava sigilo de operações policiais em Santa Catarina. O grupo contava
com uma rede de políticos, empresários e agentes da PF e da Polícia Rodoviária
Federal (PRF). Além de vazar informações, o grupo contrabandeava equipamentos
de contra inteligência.
Agentes
cumprem 30 mandados, sendo 23 de busca e apreensão e sete de prisão temporária,
expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Os crimes foram
descobertos a partir da análise dos materiais apreendidos durante a Operação
Eclipse, deflagrada em agosto de 2018.
A
PF identificou que a organização criminosa teria formado uma rede de políticos,
empresários e servidores da própria corporação e também da PRF lotados em órgão
de inteligência e investigação.
Segundo
a PF, o grupo “embaraçava investigações policiais em curso e protegia o núcleo
político em troca de vantagens financeiras e políticas”.
A
investigação apurou ainda que a quadrilha vazava sistematicamente informações
sobre operações policiais que ainda seriam deflagradas e também contrabandeava
equipamentos de contra inteligência para montar “salas seguras”, à prova de monitoramento,
em órgãos públicos e empresas.
A
PF investiga associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo
funcional, tráfico de influência, corrupção ativa e tentativa de interferir em
investigação penal que envolva organização criminosa.
‘Falha’
A
Polícia Federal ressaltou que o nome da operação, “Chabu”, significa “dar
problema, dar errado, falha no sistema”. “O termo é utilizado em festas juninas
quando falham fogos de artifício e era empregado por alguns dos investigados
para avisar da existência de operações policiais que viriam a acontecer”,
destacou a PF. (Estadão Conteúdo)
Terça-feira,
18 de junho, 2019 ás 11:28
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