O
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na
terça-feira (23/6) que estender o auxílio emergencial de R$ 600 pago a
trabalhadores informais, desempregados e autônomos por mais um ou dois meses
não vai “quebrar” o País financeiramente.
“É
exagero de quem diz isso”, disse o parlamentar em videoconferência promovida
pela Câmara de Comércio França-Brasil. Recentemente, o presidente Jair
Bolsonaro alegou em uma transmissão ao vivo pelas suas redes sociais que
vetaria eventual proposta do Congresso Nacional que estipulasse o pagamento
pelo governo federal de mais duas parcelas do benefício com o valor atual. O
Ministério da Economia defende que o auxílio seja estendido por dois meses, mas
seguindo a quantia de R$ 300.
Para
o presidente da Câmara, é necessário pensar em um “grande programa com foco na
renda dos mais vulneráveis”. No entanto, Maia fez a ressalva de que pagar os R$
600 por tempo indeterminado seria “inviável”.
Ele
criticou o cadastro utilizado pelo governo federal para o pagamento do auxílio
emergencial, que “gerou confusão” e não aproveitou os dados já detidos pelos
municípios. Na avaliação do parlamentar, a gestão de Jair Bolsonaro deveria
pensar em um pente fino na lista dos beneficiados pelos R$ 600 para eliminar
aqueles que não precisam da quantia ou o receberam indevidamente.
Nesse
sentido, Maia ressaltou a necessidade de organizar esses desembolsos “no curto
prazo” e, depois, estudar a criação de uma renda mínima aos mais vulneráveis
baseada no cadastro único do INSS e na lista de beneficiários do Bolsa Família.
*Estadão
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Quarta-feira,
24 de junho, 2020 ás 11:00
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