Policiais
e bombeiros militares do Rio Grande do Norte decidiram na quarta-feira (27/12),
manter a paralisação das atividades ostensivas e não sair às ruas com viaturas,
apesar da decisão judicial que considerou a greve das tropas ilegal. A decisão
foi anunciada na assembleia da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais
e Bombeiros Militares.
“Não
cabe à Associação obrigar seus associados ao retorno normal das atividades de
policiamento ostensivo, principalmente contrariando dispositivos legais e de segurança”,
informou, em nota. Anteontem, a Associação foi notificada pelo Tribunal de
Justiça sobre a decisão da desembargadora Judite Nunes, que acatou pedido do
governo estadual e determinou o retorno imediato dos policiais.
“Os
policiais militares não aceitam as condições que estão sendo impostas e a
Associação não tem poder de decisão sobre a tropa”, disse Eliabe Marques,
presidente da Associação. Segundo ele, os policiais estão cumprindo a lei, pois
as viaturas paradas estão com o seguro irregular, não tendo, portanto,
condições de sair às ruas. O Comando do Policiamento Militar informou que
espera o cumprimento da ordem judicial.
Feridos
Na
madrugada de ontem, dois agentes da Força Nacional, que está em Natal para
cobrir a falta de policiamento ostensivo nas ruas, reagiram a um assalto e
trocaram tiros com criminosos, no bairro Lagoa Seca. Uma policial, que é cabo
da PM em Mato Grosso do Sul, foi baleada de raspão na cabeça. O outro policial
não se feriu. Eles estavam a pé, sem fardas.
PMse bombeiros estão fora das ruas há uma semana, em protesto contra o atraso dos
salários e a falta de condições de trabalho. A Polícia Civil participa, mas em
regime de plantão. A Secretaria da Segurança Pública informou que o
patrulhamento ostensivo nas ruas de Natal está sendo realizado pelo efetivo
extra da Força Nacional. (AE)
Quinta-feira,
28 de dezembro, 2017 ás 10hs00
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