Policiais
civis de Goiás e de Tocantins deflagraram, nas primeiras horas da manhã de sexta-feira
(28/8), uma operação contra suspeitos de atacar empresas que oferecem acesso à
internet. Com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Polícia
Civil paulista, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em São
Paulo e Goiás, além de dois mandados de prisão temporária.
Segundo
a Polícia Civil goiana, os investigados empregavam “uma estrutura extremamente
complexa” para impedir os provedores de acesso atacados de conectar seus
usuários à rede mundial de computadores. Tecnicamente, a ação é conhecida pelo
nome de Ataque DdoS, da sigla em inglês Distributed Denial of Service (Negação
de Serviço Distribuída) e, ainda de acordo com os investigadores, prejudicou
centenas de milhares de usuários da banda larga em todo o país.
Em
um ataque DdoS, crackers (pessoas que usam seus conhecimentos para quebrar a
segurança de programas de computação e sistemas a fim de cometer crimes
cibernéticos) assumem o controle de outros computadores e as fazem acessar,
simultânea e ininterruptamente, um mesmo servidor. Com a sobrecarga decorrente
do súbito aumento da demanda, o provedor é impedido de atender aos pedidos de
seus clientes, ficando indisponível.
De
acordo com a Polícia Civil, após “derrubarem” os provedores, os investigados
passavam a extorquir os responsáveis pelas empresas atacadas, exigindo que
estes pagassem, com criptomoedas, para ter o serviço restabelecido.
Também
em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública esclareceu que o apoio
ministerial à investigação se deu por meio da participação de servidores
públicos do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações
Integradas, que auxiliaram na coleta de informações sobre a ação dos investigados.
(ABr)
Sexta-feira,
28 de agosto, 2020 ás 13:00
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