Outros
governadores ainda podem esperar pela visita da Polícia Federal por suspeitas
de desvios em contratos relacionados ao combate à pandemia de Covid-19.
Investigações da PF, da CGU e do Ministério Público Federal já envolvem pelo
menos nove estados e contratos que somam R$ 1,3 bilhão.
De
acordo com levantamento feito pelos órgãos e divulgado pela BBC semana passada,
além do Rio, onde o governador Wilson Wetzel foi afastado, já foram feitas
operações no Amapá, no Amazonas, no Distrito Federal, no Pará, no Rio Grande do
Sul, em Rondônia, Roraima e Santa Catarina – em São Paulo, um contrato de
compra de respiradores mecânicos é investigado pelo Tribunal de Contas do
Estado e pelo Ministério Público.
No
Amazonas, a secretária de Saúde, Simone Papaiz, foi presa por ordem do ministro
Francisco Falcão, do STJ. O MPF também acusa o governador, Wilson Lima, de
envolvimento e chegou a pedir a prisão dele, mas o ministro disse não haver
elementos que justificassem a preventiva – e o consequente afastamento do
cargo.
Em
São Paulo, o Ministério Público apura a compra de 3 mil respiradores chineses
pela gestão João Doria por R$ 550 milhões. O Ministério Público e o TCE apuram
se houve superfaturamento.
Ainda
há investigações do MPF e de tribunais de contas por causa do envolvimento de
estados do Nordeste com o Consórcio Nordeste. O grupo, que reúne nove estados,
comprou 300 respiradores por R$ 48,7 milhões da empresa Hempcare. Só que os
equipamentos nunca foram entregues e a companhia exigiu pagamentos adiantados
de até metade dos contratos para fornecer os respiradores – no que foi
atendida.
Já
há apurações também sobre contratos assinados pelos governos da Bahia e de
Pernambuco.
*O
Antagonista
Sexta-feira,
28 de agosto, 2020 ás 21:00
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