Se não é, seja nosso novo seguidor

Cadastre-se você também, ja somos 46 brothers no Clube Vip *****

21 de junho de 2014

ELEIÇÕES 2014: PTB CONFIRMA ROMPIMENTO COM DILMA E APOIO A AÉCIO


O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) confirmou neste sábado o rompimento com Dilma Rousseff e o apoio ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) na disputa pela Presidência da República em 2014. Na noite de sexta-feira, Benito Gama, presidente da legenda, já havia sinalizado que o divórcio poderia acontecer em breve. O PTB daria a Dilma cerca de 1 minuto e 15 segundos na propaganda eleitoral de TV – tempo que agora vai para a candidatura tucana.

"Hoje, mais uma vez sintonizado com o desejo de mudanças que vem sendo expressado pela ampla maioria do povo brasileiro, o PTB declara seu apoio ao senador Aécio Neves para as eleições presidenciais desse ano. Temos convicção de que Aécio reúne as condições para a retomada do crescimento econômico, seja na garantia da manutenção das conquistas sociais hoje incorporadas à vida nacional", diz nota oficial do partido.

O anúncio do rompimento aconteceu no início da tarde de sábado, em Salvador — simultaneamente à convenção que, em Brasília, lançava a presidente Dilma à corrida pela reeleição. Reforça-se, assim, o prognóstico de que eleição de 2014 será a mais dura para o PT desde o pleito de 2002, que levou o partido ao Planalto.

Foi esse prognóstico que motivou as lideranças petebistas a promover o desembarque da aliança com o PT. "A Dilma de 2014 não é a Dilma que Lula construiu em 2010", disse ao site de VEJA um cacique petebista.
A nota oficial do PTB atribui sobretudo a questões regionais a saída da base de apoio ao governo: "Essa decisão atende o clamor da maioria da bancada federal e de estados, onde os conflitos locais entre PTB e PT ficaram insustentáveis, como, por exemplo, Distrito Federal, Roraima, Piauí e Rio de Janeiro."

Repercussão no PT — Abordado no evento de lançamento da candidatura de Dilma Rousseff à reeleição o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho procurou demonstrar tranquilidade ao comentar as notícias sobre o PTB. "Só temos que lamentar, porque é um partido que esteve conosco durante muito tempo. Mas temos certeza de que, junto com os partidos que continuam conosco, teremos força suficiente para vencer essa eleição."

O deputado federal Vicentinho, líder do PT na Câmara, foi na mesma toada. "É muito ruim para nós", disse. "Nós convivemos todo esse período na bancada. A gente caminhou juntos ao longo desses anos. Nós lamentamos, mas a gente acredita na capacidade de explicar para o eleitor qual é a diferença entre os governos do passado e os governos do Lula e da Dilma"

Solidariedade — Também neste sábado, Aécio Neves participou da Convenção Nacional do Solidariedade, em São Paulo, para sacramentar o apoio do partido à sua candidatura. "O Solidariedade não apenas participa da nossa aliança, mas participa daquilo que será fundamental para os brasileiros, que é a formulação do nosso programa de governo", disse o candidato durante o evento, ao qual foi acompanhado por Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra, entre outros tucanos e aliados.

Aécio disse que ainda não decidiu quem será seu vice. "Estou muito feliz porque temos nomes muitos qualificados, de vários partidos. No dia 30 vamos escolher o que seja melhor para vencer as eleições."

Laryssa Borges e Gabriel Castro, de Brasília


Sábado, 21 de junho, 2014.

EMPRESAS TÊM ATÉ SEGUNDA-FEIRA PARA SE ADEQUAR AO MARCO CIVIL DA INTERNET




Segundo o advogado Rafael Maciel, informações sobre as novas regras deverão ser expostas de forma explícita aos usuários

A aprovação do Marco Civil da Internet em abril deste ano gerou inúmeras discussões acerca dos termos de regulamentação do uso da internet. Para uns, essa espécie de constituição brasileira da web tem seus defeitos, com ambiguidades que serão definitivas para mudanças negativas aos usuários e provedores. Já outros enxergam o texto como um grande passo positivo, com vários pontos que podem passar a ser cobrados pelo usuário em prol da liberdade de expressão, privacidade e segurança.

Divergências à parte, de uma maneira ou de outra, as empresas terão até a próxima segunda-feira (23/6) para adotar as políticas de uso determinadas pela lei. De acordo com o advogado e professor de direito digital Rafael Maciel, embora a aprovação do Marco Civil tenha sido bastante divulgada, muitos profissionais e empresas que atuam na Internet não se preocuparam ainda com a necessidade de adequação às novas regras, sobretudo em relação aos termos de serviço e políticas de privacidade. “Estas precisam ser revistas com urgência, antes do prazo de entrada em vigor, para evitar multas”, destaca Maciel.

O advogado acrescenta que as informações sobre as novas regras deverão constar de forma explícita nas páginas que as coletam para conhecimento dos usuários. O descumprimento quanto à publicidade e clareza das políticas de uso poderá ser avaliado pelo Procon e pelo Ministério Público (MP).

Maciel explica que o artigo 11º do Marco Civil prevê que todas as empresas atuantes em território nacional devem cumprir a legislação local quanto ao tratamento de registros eletrônicos e dados cadastrais. As empresas, ainda que de origem estrangeira, que desejem permanecer prestando serviço aos brasileiros, também deverão se adequar às novas regras.

O que muda?  – Os cinco pontos principais do Marco Civil da Internet
Neutralidade: garante que os provedores não podem interferir de forma deliberada na velocidade da internet. Isso na prática serve para não deixar que provedores façam acordos com determinados sites para carregá-los mais rápido, prejudicando algum concorrente. Eles poderão continuar a diferenciar seus pacotes por velocidade, mas não por tipo de conteúdo. Os provedores não poderão bloquear o acesso a determinados serviços e aplicativos, assim como vender pacotes segmentados por conteúdo.

Privacidade: Segundo Marco Civil, o direito a sigilo dos internautas é garantido, podendo ser quebrado somente por meio de uma ordem judicial. Se assim for, as empresas de internet podem vasculhar dados pessoais e repassá-los a terceiros. Fim de marketing dirigido.

Qualidade de serviço: O Marco Civil estabelece que apenas a falta de pagamento pode ser usada como razão para o corte de conexão de um usuário. O texto estabelece ainda que os provedores de acesso devem fornecer informações claras nos contratos, incluindo detalhes sobre proteção de dados pessoais.

Exclusão de conteúdo: A exclusão de conteúdo em sites, blogs, redes sociais, que algum usuário entender como ofensivo, será estabelecida por meio de ordem judicial. O usuário ainda pode pedir a exclusão para o site, mas ele só será obrigado a remover em casa de ordem judicial, podendo ser punido se não o fizer. Anteriormente, o provedor era punido se descumprisse ordem administrativa – ou seja, era punido se não removesse conteúdo pedido por algum usuário. A exceção é no caso de pornografia. Se alguém divulgar fotos íntimas de outra pessoa, os provedores serão obrigados a retirar o conteúdo do ar assim que receberem uma notificação da pessoa envolvida ou de seu representante legal.

Armazenamento de dados: Empresas de telecomunicações terão que guardar dados de seus usuários por um ano, enquanto provedores, como Google, Twitter e Facebook, tem que armazená-los por pelo menos seis meses. Diversa s empresas já fazem isso, e o Marco Civil só torna obrigatório. (Por Marcelo Gouveia)

Sábado, 21 de junho, 2014.

19 de junho de 2014

ANATEL APROVA NORMA PARA REDUZIR PREÇOS DE LIGAÇÕES ENTRE OPERADORAS DE CELULAR


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou quarta-feira (18/6) uma proposta para reduzir os valores das ligações de celulares entre operadoras diferentes. Até 2019, o Valor de Remuneração de Uso de Rede da telefonia móvel (VU-M) deverá ser reduzido em mais de 90%, passando dos atuais R$ 0,23 para R$ 0,02 . O VU-M é o valor que as operadoras de celular pagam para usar a rede de outras empresas.

“Esta redução de preços de interconexão deverá se refletir nos preços dos serviços de telefonia ofertados pelas empresas ao consumidor, pois haverá aumento da competição no setor”, diz a agência. De acordo com a norma aprovada hoje, os valores dessas tarifas estarão referenciados aos custos e serão reduzidos gradativamente até o nível de custo eficiente de longo prazo

Com a medida, a Anatel espera que os preços das ligações entre operadoras diferentes fiquem mais próximos dos preços cobrados para chamadas entre usuários da mesma empresa. Assim, o consumidor não precisará de vários aparelhos celulares ou vários chips em um mesmo celular para realizar chamadas para outras operadoras.

As reduções nos valores de interconexão também deverão impactar o preço das chamadas fixo-móvel, que deverão ter uma redução substancial, segundo a Agência.

Para aprovar a norma, o conselho diretor da Anatel analisou os impactos das reduções de VU-M já implementadas em 2012 e 2013, que não geraram resultados negativos para o setor nem redução de investimentos ou lucros das empresas.

Agência Brasil.

Quarta-feira, 18 de junho, 2014. 


18 de junho de 2014

SELEÇÃO AGORA TORCE PELA CROÁCIA


Se europeus vencerem Camarões às 19h, classificação brasileira estaria bem encaminhada
O decepcionante empate sem gols da seleção brasileira contra o México gerou críticas à equipe dirigida por Luiz Felipe Scolari e levantou dúvidas nos torcedores sobre as chances de conquistar o sexto título. No entanto, ainda é pouquíssimo provável que a seleção brasileira seja eliminada na primeira fase, o que, certamente, seria visto como uma catástrofe nacional. Uma vitória simples contra Camarões já daria ao Brasil, independentemente de qualquer resultado ao menos uma vaga em segundo lugar no Grupo A. E se a forte seleção croata confirmar o favoritismo e superar Camarões, às 19 horas desta quarta-feira, em Manaus, a classificação ficaria ainda mais encaminhada.

(VEJA)


Quarta-feira, 18 de junho, 2014

17 de junho de 2014

JOAQUIM E AS RUAS


Mais uma vez, Joaquim Barbosa surpreendeu colegas ao renunciar à relatoria dos processos de execuções penais de réus condenados pela Ação Penal 470, (o mensalão).


Diante disso, a expectativa no STF é a de que o novo responsável pelo caso, o ministro Luís Roberto Barroso, leve ao pleno antes do recesso Judiciário o agravo dos advogados dos réus que querem o direito de trabalhar fora da prisão.

E a tendência é a de que o STF dê autorização para que possam trabalhar, derrubando, assim, decisão de Joaquim Barbosa, que negou o pedido, invocando a lei que obriga os réus condenados a regime semiaberto a cumprirem pelo menos um sexto da pena antes de receberem este benefício.

"No caso do ministro Joaquim ficou a mística; até quando ele perde, ele também ganha", comentou um ministro do STF.


Ele queria dizer que, mesmo quando é derrotado no STF, Joaquim Barbosa ganha aplausos da opinião pública por sua posição mais rigorosa em relação aos réus do mensalão. E, estando muito perto da aposentadoria, uma derrota interna teria importância relativa e só reforçaria o argumento de que está isolado na Corte.


Ministros do STF afirmam que a decisão de Joaquim Barbosa de negar o direito ao trabalho aos réus do mensalão está amparada em lei, mas que há jurisprudência do STJ a respeito, e o Supremo não mais tratou do assunto. Portanto, há o entendimento de muitos dos atuais ministros de que esta interpretação deve prevalecer também para os réus do mensalão.

"Não tem outro jeito; o agravo dos advogados tem de ser analisado pelo pleno. Joaquim não pode colocar a bola debaixo do braço e sair por aí...", disse um ministro.


Há alguns dias, o ministro Celso de Melo pediu a Joaquim Barbosa que colocasse em pauta o julgamento do agravo do advogado Luiz Fernando Pacheco que trata da defesa do ex-deputado José Genoíno. Joaquim não fez isso e, diante da irritação do advogado, determinou que seguranças do Supremo o retirassem do plenário.


 A avaliação feita no STF é a de que Joaquim Barbosa sabia que seria derrotado no julgamento do agravo dos advogados e, assim, decidiu deixar a relatoria do processo de execução das penas. Com isso, ele pode deixar o plenário no momento em que o assunto estiver em julgamento.

O novo relator, ministro Luis Roberto Barroso, deverá levar o assunto ao plenário na próxima quarta-feira - último dia de sessão do STF neste semestre, e provavelmente, último dia de Joaquim Barbosa na Suprema Corte. A pressa dos advogados é para que este julgamento aconteça antes do recesso, para que os réus não sejam obrigados a ficar mais 40 dias presos até a reabertura dos trabalhos do Judiciário.

Cristina Lobo – O Globo.

Terça-feira, 17,junho, 2014.  


MENSALÃO SAÍDA DE BARBOSA PARA BARROSO. OUVEM-SE URROS DE SATISFAÇÃO NA PAPUDA.


O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, acaba de comunicar que se afastou da relatoria de todos os processos relacionados ao caso do mensalão. Além da ação penal já julgada pelo STF, Barbosa também era relator das execuções penais e recursos ligados ao cumprimento da sentença dos condenados pelo Supremo. O vice-presidente do STF, Ricardo Lewandowski, diante da decisão de Barbosa, determinou a redistribuição da ação do mensalão. E o novo relator sorteado foi o ministro Luis Roberto Barroso.

Barbosa está prestes a se aposentar no STF. Ele acusou os advogados de defesa de terem abandonado os argumentos jurídicos e passado a atuar politicamente e via manifestos, inclusive com insultos pessoais a ele, como ocorreu no caso da defesa de José Genoino.

A manifestação foi feita no processo que trata da execução penal do ex-presidente do PT, José Genoino. Barbosa deixou de analisar o pedido de prisão domiciliar da defesa e, comunicou que preferiu entrar com representação criminal contra Luiz Fernando Pacheco. Por conta disso, se afastou desse e dos demais processos.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA DECISÃO

"Vários advogados que atuam nas execuções penais oriundas da AP 470 deixaram de se valer de argumentos jurídicos destinados a produzir efeitos nos autos e passaram a atuar politicamente, na esfera pública, através de manfiestos e até mesmo partindo para os insultos pessoais, via imprensa, contra este relator.

Este modo de agir culminou, na última sessão plenária do Supremo Tribunal Federal, em ameaças contra minha pessoa dirigidas pelo advogado do condenado José Genoino Neto, dr. Luiz Fernando Pacheco, OAB 146.449-SP, que, para tanto, fez uso indevido da tribuna, conforme se verifica nos registros de áudio e vídeo da sessão de 11 de junho de 2014.

Em consequência disso, formalizei representação criminal na data de ontem contra o mencionado causídico.

Assim, julgo que a atitude juridicamente mais adequada neste momento é afastar-me da relatoria de todas execuções penais oriundas a AP 470 e dos demais processos vinculados à mencionada ação penal, na forma do artigo 97 do CPP e 277 do RI STF”, disse Barbosa no processo da execução penal de Genoino.

Encaminhe-se os autos da AP 470 e de todos os processos a ela conexos ao vice-presidente desta Corte, para que proceda a livre redistribuição dos feitos"

(O Globo)


Terça-feira, 17 de junho, 2014.

16 de junho de 2014

BARBOSA REPRESENTA NO MPF CONTRA ADVOGADO DE GENOINO


Ministro acusa Pacheco de desacato e injúria
O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal e relator da ação penal do mensalão, entrou com representação, na Procuradoria da República no Distrito Federal, contra o advogado Luiz Fernando Pacheco, um dos patronos do ex-deputado federal José Genoíno, por desacato, injúria e difamação. Pacheco foi retirado à força da tribuna do plenário do tribunal, aos gritos, por seguranças, na sessão da última quarta-feira, depois de um bate-boca sem precedente com Barbosa, ao insistir que fosse apregoado naquela sessão o julgamento mais um recurso do ex-deputado, condenado a 4 anos e 8 meses de prisão (regime semiaberto), que não conseguiu ainda voltar a cumprir a pena em casa, tendo em vista o seu estado de saúde.

Ao fim da última sessão do Conselho Nacional de Justiça por ele presidida, nesta segunda-feira, por volta das 19 horas, cercado por repórteres, ele assim respondeu à pergunta sobre os assuntos mais importantes que nela tinham sido tratados: "Balanço da última sessão? Houve um monte de coisas, só que vocês não noticiam; só noticiam coisa ruim".

Indagado sobre o censo do Judiciário, divulgado pelo CNJ pela manhã, e se o baixíssimo percentual de magistrados negros poderia levar a uma discussão sobre cotas, limitou-se a dizer: "Não sei. Estou de saída. Es ist mir ganz egal (mais ou menos "não estou nem aí", em alemão).

Quanto às acusações de que sua gestão teria sido "ditatorial", também foi lacônico: "É? Cada um diz o que bem entende. Eu fico com os fatos, as imagens, e a minha resposta virá em breve".

E a resposta veio no início da noite, quando se soube que o ministro que se aposenta até o fim do mês entrou com uma representação no MPF-DF contra o advogado Luiz Fernando Pacheco.

Jornal do Brasil - Luiz Orlando Carneiro

Segunda-feira 16 de junho, 2014


MP PEDE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAL A POPULAÇÃO DE PAU DOS FERRO, RN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte ajuizou ação civil contra a Companhia de Águas e Esgotos (Caern), o Estado e o Município de Pau dos Ferros. O MP pede indenização por dano moral coletivo pela água de má qualidade fornecida para a população do município durante dois anos.

De acordo com o órgão ministerial, os réus também não tomaram providências administrativas e gerenciais prévias e eficientes para evitar o problema que ainda ocorre. A água consumida na cidade tem mau cheiro e coloração escura, segundo o MP.

No período, mesmo com a má qualidade da água, os cidadãos não tiveram qualquer suspensão tarifária nas contas de água emitidas pela Caern. A companhia chegou a reajustar as tarifas no início de 2014.

Na ação, o MP Estadual pede que a Justiça condene os réus ao pagamento de indenização no valor de R$ 25 mil. O MP afirma que a água distribuída pela Caern a partir da Barragem de Pau dos Ferros não apresenta a qualidade esperada, uma vez que deveria ser incolor, inodora, insípida e livre de agentes patogênicos não só no momento da entrega nas casas, mas também durante o período estimado de consumo.


Pedro Cardoso – blog mossoroemfoco

Segunda-feira, 16 de junho, 2014

(DES) MANDAMENTOS




Fala-se nas diferenças de ideias entre PT e PMDB como se a representação mental de algo concreto fosse a razão primordial da aliança entre os dois partidos.

Mas o fato de divergirem sobre questões como a criação de conselhos populares para orientar decisões de governo, controle dos meios de comunicação e plebiscito sobre Constituinte exclusiva para reforma política não tem a menor importância.

Esses temas são caros aos petistas, que nem por isso dão a mínima para a posição contrária dos pemedebistas. Entre outros motivos porque no mundo real todos eles sabem que tais propostas não passam de conversas para agradar momentaneamente o público do PT e que não vão adiante por absoluta ausência de respaldo político, social e, em alguns aspectos, legal.

Assim como as divergências de pontos de vista pouco importam, é irrelevante a agenda dita de compromissos que o PMDB apresenta ao parceiro para fugir da pecha de fisiológico quando firma aliança para concorrer às eleições. Em 2006, ao aderir de corpo e alma ao governo Lula, o partido apresentou um documento chamado "Os sete mandamentos", do qual falaremos adiante.

Falemos primeiro dos mandamentos de 2014. São oito os itens escolhidos pelo PMDB para exibir como "prova" de que o apoio à reeleição de Dilma Rousseff é programático.

São as seguintes as exigências para eventual segundo mandato: 1. Forte suporte público à política industrial; 2. Retomada do processo de crescimento mediante a criação de um Plano Nacional de Formação e Qualificação de Trabalhadores; 3. Novo modelo de política de infraestrutura; 4. Garantia de acesso à saúde e à educação; 6. Manutenção e extensão das políticas compensatórias; 7. Democratização dos meios de comunicação; 8. Política externa independente e progressista.

Em matéria de obviedades, estaria completo o decálogo com o apoio à luz elétrica e à água encanada. Ainda assim, vamos que Dilma reeleita não cumpra os compromissos exigidos pelo PMDB, deixará ele o governo em protesto programático?

Sem chance. Ficará exatamente onde lhe convier. Como fez nos últimos anos desde que apresentou os tais sete mandamentos de 2006, reunidos em documento na ocasião tido como atestado da "altivez doutrinária" do PMDB.

Vamos aos pontos: 1. Reformas política e tributária; 2. Crescimento econômico acima de 5%; 3. Manutenção dos gastos correntes a níveis inferiores ao PIB; 4. Consolidação das atuais políticas de transferência de renda; 5. Renegociação das dívidas dos Estados; 6. Fortalecimento da federação; 7. Criação de um conselho político de partidos para acompanhar as ações de governo.

Os escribas de tão nobres tábuas tiveram o cuidado de ser mais genéricos entre uma e outra. A de 2014 é vaga o suficiente para não dar margem alguma a cobranças. Já a de 2006 se presta a comparações com a realidade.

Reformas política e tributária? Nem pensar. Crescimento acima de 5%? Nem precisamos entrar e em detalhes. Contenção dos gastos públicos fez o caminho inverso ao do PIB, proporcionando aquele falado espetáculo do crescimento. As políticas de transferência de renda são de interesse do governo; portanto, compromisso do PT com ele mesmo.

Já era previsto que o PMDB não se revoltaria caso não se fortalecesse a federação nem promoveria a ruptura se o tal conselho de partidos não vingasse, como não vingou.

O PMDB renovou a aliança com o PT em clima de revolta, mas não por quebra de compromissos programáticos e sim por falta de influência no governo, insuficiência de poder nos ministérios e avanço do PT sobre as bases do partido nos Estados.

Coisa feia. O que se viu na abertura da Copa ficou muito pior para quem não diferencia protesto de estupidez do que para a presidente que cumpria missão protocolar. Vaia é do jogo, mas o insulto despolitiza o gesto.

DORA KRAMER - O ESTADO DE S.PAULO.


Segunda-feira, 16 de junho, 2014.

14 de junho de 2014

LÍDERES DO PASSADO E CRÍTICAS AO PT MARCAM CONVENÇÃO DO PSDB

Ato oficializou o senador mineiro Aécio Neves como candidato do partido à Presidência
O Partido dos Trabalhadores foi um dos principais personagens da convenção nacional que referendou, sábado (14/6), o senador mineiro Aécio Neves como candidato do PSDB à Presidência da República. O evento reuniu militantes de todo o Brasil em um centro de convenções da zona norte de São Paulo. Dos 451 delegados de partido aptos a votar, 447 aprovaram a candidatura do senador, contra três votos brancos e um nulo.

O partido da principal rival de Aécio no pleito de outubro, a presidente Dilma Rousseff, foi o alvo preferido das críticas de tucanos e aliados - entre os quais, o presidente do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), que chamou Aécio de “candidato jeitosão”.

Além das críticas ao modelo de governo do PT, a convenção exaltou líderes - tucanos ou não - das últimas décadas, dentre os quais os ex-presidentes Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves (avô de Aécio) e Fernando Henrique Cardoso, além dos ex-governadores paulistas Franco Montoro e Mário Covas. FHC ganhou papel de destaque nos discursos ao ser lembrado como autor do Plano Real, responsável pela estabilidade econômica do país, além de programas de transferência de renda, que, segundo os tucanos, foram herdados pelos petistas.

“Vimos com FHC um governo com princípios, sem escamoteações. Agora, estamos vendo a máscara do PT cair, porque ele desrespeita as pessoas, as leis, o povo”, afirmou o governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho. “Não é possível olhar esse país e ver que tristeza e desesperança ocupam os corações de norte a sul. Mais que uma crise política, vivemos uma crise de representatividade; uma encruzilhada civilizatória absolutamente necessária”, concluiu.

O ex-governador José Serra, um dos cotados para a vaga de candidato agora ocupada pelo colega mineiro, destacou a “inflação aumentada e a economia estagnada da era petista”.

“Hoje, 45% dos brasileiros consideram saúde o principal problema do país. Ela foi transformada em uma peça publicitária”, definiu Serra, para quem o governo Dilma possui “uma incompetência convicta com muito talento”. “O partido no poder usa o patrimônio público a seu benefício, como nunca antes da história do Brasil contemporâneo”, disse, para avaliar: “O que os brasileiros mais desejam hoje é se ver livres do governo do PT, que, neste momento, é a vanguarda do atraso no Brasil. ”

Já FHC, que garantiu haver aliança dentro do partido, a candidatura de Aécio é uma forma de o País se livrar do que classificou como “corruptos, ladrões, farsantes”. “O povo se cansou de comiseração”, definiu o ex-presidente, para quem o senador “é preciso um líder jovem que se dedique de corpo e alma”.
Aécio fez menções ao avô, Tancredo - entre as quais, um poema de Ferreira Gullar quando da morte do então presidente -, enalteceu as realizações das gestões tucanas na Presidência e não poupou munição aos governos do PT.

“Quem foi contra o Plano Real é quem hoje permite a volta da inflação; quem foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal é quem hoje assina a maldita contabilidade criativa; quem se negou a apoiar a união nacional defendida por Tancredo e Itamar, em dois momentos importantíssimos da vida nacional, são os mesmos que se esforçam hoje em dividir o Brasil de forma perversa entre nós e eles”, reclamou. “Nos últimos anos, com velocidade surpreendente, o legado bendito que a gestão do PSDB deixou para o país está se esvaindo, se esgotando; a inflação é uma realidade que assalta a mesa dos mais pobres”.

Para o tucano, os brasileiros “acreditaram na propaganda de quem dizia defender a ética e elegeram um governo que foi protagonista dos maiores escândalos de corrupção da nossa história. Acreditaram na propaganda de quem dizia defender o patrimônio público. E elegeram um governo que em poucos anos vem aniquilando o valioso patrimônio construído por gerações de brasileiros”, completou. “O Brasil não aceita mais o Estado cooptado e aparelhado”.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o nome do vice deve sair em duas semanas. Entre os cotados estão o presidente nacional do DEM, o senador Aloísio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP). (G1)

Sábado, 14 de junho, 2014.