Mal saíram de uma disputa eleitoral e os prefeitos
começam a enfrentar outro grande problema político: peneirar os inúmeros de
pretendentes a deputado federal e estadual. Se não bastasse a escassez de
recursos, ainda têm que controlar a sanha dos aliados pelo apoio político e
financeiro.
No Entorno
do Distrito Federal, então, nuca se viu tantos pré-candidatos como agora. Cada
qual com seus argumentos, que vai do tradicional “o primeiro a apoiar seu
projeto foi eu” ao mais singelo, como a cobrança de estar “bem entre os
eleitores”. Normalmente, este último leva ao prefeito pesquisas feitas por
institutos caça-níqueis, sem metodologia ou qualquer outro critério científico.
Nenhum prefeito expõe publicamente sua irritação
com estas pressões dos aliados da base, mas demostram preocupação com as brigas
para obter apoio. ”Mal saímos de um pleito e, decorridos sete meses de gestão,
já estou envolvido numa briga paroquial para arbitrar uma contenda entre meus
dois principais aliados. Um deles vereador, o outro secretário. Ambos têm
capital político, mas restrito ao município. Como vou desestimular um aliado de
primeira hora falando para ele que não tem chances”?, argumenta um prefeito
ouvido pelo Jornal Opção.
Este é um grande desafio para qualquer líder
político. Em Valparaíso, por exemplo, a prefeita Lucimar Nascimento (PT)
terá que escolher ou apoiar uns cinco candidatos. Começando pelo ex-secretário
para a Região Metropolitana do Distrito Federal (Rem DF), Arquicelso Bites. Ele
não abre mão da candidatura para o vereador (Professor Silvano) Pereira Neto,
ambos petistas. Lucimar também deve apoiar a vereadora de Luziânia Cassiana
Tormin (PT) para deputada estadual. Outro que espera o ok de Lucimar é o seu
vice-prefeito, Elson (Varejão) Cândido dos Santos (PMDB).
“Em Águas Lindas de Goiás a situação está sob
controle”, garante o prefeito Hildo do Candango (PTB). A “briga” pelo apoio do
prefeito se restringe a dois nomes com chances: o vice-prefeito Luiz Alberto
Jiribita (PMDB) e a secretaria de ação social, Aleandra de Sousa. Os demais
pretendentes da base de Hildo têm poucas chances de vitória. “Vou conversar com
todos, democraticamente e, caso os partidos aliados entendam que é melhor para
eles, vou prestar minha solidariedade política, mas se estiverem com nosso grupo
em apoio ao governador Marconi Perillo.” Evidente que a experiência de Hildo
recomenda afunilar em uma ou no máximo, duas candidaturas.
Já em Novo Gama, o prefeito Everaldo Vidal (PPL)
está inclinado a apoiar o seu fiel escudeiro, presidente da Câmara Municipal de
Vereadores, Narciso Pereira (PPL). De acordo com uma fonte ouvida pelo Jornal
Opção, quinta-feira, 8, durante a edição do programa Governo Perto de Você,
em Luziânia, Everaldo já teria acertado com seu chefe de gabinete, Mário
Pires, também do PPL, que “terá sua vez, mas agora o compromisso é com
Narciso”. Everaldo não esconde que reconhece a lealdade de Mário,
principalmente sua dedicação ao projeto político que o levou a conquistar a
prefeitura, Mas na atual circunstância, o grupo tem que focar num nome com
densidade eleitoral.
Fonte: Wilson Silvestre Jornal
Opção
Domingo 11 de agosto
Nenhum comentário:
Postar um comentário