O
número de pessoas sindicalizadas encolheu no País nos últimos anos, segundo a
Síntese da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua)
divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
quarta-feira, 18.
Em
2016, 16,9 milhões de pessoas ocupadas ou que anteriormente já tinham sido
ocupadas estavam associadas a algum sindicato, o menor porcentual da série
histórica, iniciada em 2012. A fatia de sindicalizados passou de 13,6% em 2012
para 13,4% em 2014, recuando a 12,1% em 2016.
"Houve
uma queda dessa proporção de filiados a sindicatos ao longo do tempo",
ressaltou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do
IBGE
Segundo
Adriana, a redução mais aguda na sindicalização entre 2014 e 2016 está
associada à extinção de vagas no mercado de trabalho.
"Uma
das atividades que mais dispensou foi a indústria, que tem uma ocupação muito
masculina e sindicalização alta", completou a pesquisadora.
Preferência
A
sindicalização ainda é maior entre homens (13,1%) do que entre mulheres
(11,2%), mas essa distância já foi maior em anos anteriores. Em 2012, 15,3% dos
homens eram sindicalizados, contra apenas 11,9% das mulheres. Em 2014, essa
fatia baixou para 14,8% dos homens e manteve-se em 11,9% para as mulheres.
As
atividades com maior porcentual de sindicalizados foram educação, saúde,
humanas e serviços sociais (concentrando 18,5% de todos os sindicalizados),
indústria (15,2%), agricultura (15,1%), comércio (13,4%) e serviços prestados a
empresas (12,8%).
A
pesquisa também identificou redução no total de filiados a cooperativas. Apesar
do aumento de 11,3% no total de pessoas ocupadas como empregadores ou
trabalhadores por conta própria entre 2012 e 2016, houve redução no porcentual
de associados a cooperativas de trabalho ou produção, que recuou de 6,4% em
2012 para 5,9% em 2016. (AE)
Quarta-feira,
18 de outubro, 2017 ás 12hs58
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