O
ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse na quinta (26/10) que
a situação dos reservatórios das hidrelétricas é “preocupante”, mas destacou
que não há risco de apagão no país. “Não tem risco de [des]abastecimento, mas a
gente já vem dizendo há algum tempo que o problema é o preço da energia que tem
subido”, afirmou o ministro em visita à feira Offshore Technology Conference,
no Rio de Janeiro.
A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira (24) uma
proposta de reajuste de quase 43% sobre o atual valor da bandeira tarifária
vermelha patamar 2, a mais cara do sistema, cobrada sempre que as usinas
térmicas mais onerosas precisam ser mantidas em operação para suprir a alta
demanda de consumo de energia.
A
proposta será submetida à consulta pública, podendo sofrer mudanças. Se o
reajuste for aprovado, quando a bandeira vermelha patamar 2 for acionada, os
consumidores deixarão de pagar os atuais R$ 3,50 para cada 100 quilowatts-hora
(kWh) e passarão a pagar R$ 5 de taxa extra, já a partir de novembro.
Por
causa do atual cenário de falta de chuvas, o Comitê de Monitoramento do Setor
Elétrico (CMSE) decidiu ontem (25) que vai fazer reuniões semanais para
analisar as condições de fornecimento de energia no país.
O
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou que este é um dos piores
anos do histórico e o mês de setembro foi o pior já registrado em termos de
energias naturais afluentes nas principais bacias hidrográficas para a geração
hidrelétrica. Nas bacias do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o ano de 2017 está
sendo caracterizado como o pior desde 1931, segundo o ONS.
Leilão
do pré-sal
Sobre
os leilões do pré-sal, Coelho Filho disse que as próximas rodadas da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sob as novas regras
de partilha podem “colocar de novo o Brasil na rota da indústria de óleo e
gás”. Amanhã (27), a ANP realizará a Segunda e a Terceira Rodadas de Partilha
de Produção do Pré-Sal, em que serão oferecidos blocos em oito áreas
diferentes.
Serão
os primeiros leilões desde que a Petrobras deixou de ser a operadora única do
pré-sal brasileiro e passou a ter preferência como operadora na formação dos
consórcios de exploração e produção nos blocos, sob o regime de partilha de produção.
“O
governo está focado que o leilão de amanhã seja um sucesso. Há apetite de
empresas de vir para cá”, disse o ministro.
Sexta-feira,
27 de outubro, 2017 ás 00hs05
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