Alvo
central do discurso eleitoral de Lula em São Bernardo do Campo (SP), o
presidente Jair Bolsonaro (PSL) utilizou a rede social sábado (9/11) para
chamar o ex-presidente petista de “canalha” e “presidiário”. Um dia depois de
Lula deixar a cela especial da Polícia Federal em Curitiba (PR), Bolsonaro
respondeu a repórteres que o petista “tá solto, mas continua com todos os
crimes dele nas costas”.
Bolsonaro
fez sua primeira referência mais dura ao petista em uma rede social, sem citar
seu nome, pela manhã. “Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não
podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se
torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos. Não dê
munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”,
escreveu o presidente.
Ao
deixar o Palácio da Alvorada para um almoço no Clube Pandiá Calógeras, no Setor
Militar Urbano, em Brasília (DF), Bolsonaro disse que não vai “contemporizar
com presidiário”. “A grande maioria do povo brasileiro é honesto, trabalhador e
nós não vamos dar espaço nem contemporizar com presidiário. Tá solto, mas
continua com todos os crimes dele nas costas”, declarou.
O
ex-presidente não pode disputar eleição em 2022, se continuar condenado e
impedido de disputar eleição por estar enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que o
torna inelegível. Lula ficou 580 dias preso, antecipando o cumprimento da pena
de 8 anos, 10 meses e 20 dias, resultante da condenação sob a acusação de
aceitar a propriedade de um tríplex, em Guarujá (SP), como propina paga pela
OAS para se beneficiar com três contratos com a Petrobras.
Apesar
das provas Lula sempre negou a acusação decorrente da Operação Lava Jato de
Curitiba, que resultou em sua condenação pelo então juiz Sergio Moro na
primeira instância, confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF4), em segunda instância, e ratificada pelo STJ (Superior Tribunal de
Justiça). E ainda será julgado por outras denúncias, tratadas por ele como
mentiras, e pelo Ministério Público como crimes. (DP)
Sábado,
09 de novembro ás 18:26
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