O
ministro Dias Toffoli começou com dois pés esquerdos a leitura do seu voto no
caso sobre o repasse de dados sigilosos de órgãos de controle como o Coaf para
o Ministério Público. Depois de congelar em todo país processos recheados com
dados repassados pelo Coaf sem autorização judicial, entre eles o inquérito
contra Flávio Bolsonaro, Toffoli chamou de "lendas urbanas" as
interpretações derivadas da liminar que ele esculpiu em julho. Na leitura da
primeira parte do seu voto, o presidente do Supremo Tribunal Federal produziu
duas pérolas.
Numa
disse: "Aqui não está em julgamento o senador Flávio Bolsonaro".
Noutra declarou que "poucos processos" foram paralisados por sua
decisão... acusando seus críticos de tentar criar um "clima de
terrorismo". Foi graças a um habeas corpus da defesa de Flávio Bolsonaro
que Toffoli enfiou o Coaf dentro de um processo que envolvia apenas a Receita
Federal.
Foi por conta do mesmo recurso que Toffoli congelou
o inquérito que corre contra o filho do presidente e outros 935 processos
fornidos com dados do Coaf. Toffoli jura que o vínculo do filho do presidente
com o processo, assim como o Saci-Pererê, jamais existiu. Mas o advogado de
Flávio Bolsonaro está presente na sessão da Suprema Corte.
Assim como as autoridades que cuidam dos
outros 935 processos travados por Toffoli, o defensor do Zero Um esfrega as
mãos na perspe
Quarta-feira,
20 de Novembro, 2019 ás 18:00
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