O
Projeto ABC Cerrado recuperou 93 mil hectares de pastagens degradadas ensinando
7,8 mil produtores rurais a adotarem tecnologias de baixa emissão de carbono. A
iniciativa é fruto de uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural (Senar), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e realizou ações com
produtores de oito estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas
Gerais, Piauí Tocantins e Distrito Federal.
A
área equivale a 110 mil campos de futebol e o projeto contou com recursos do
Fundo de Investimento Florestal do Banco Mundial. Os dados fazem parte de um
estudo que avaliou os impactos da adoção das tecnologias pelos produtores
rurais e foi divulgado na quarta-feira (6/11).
Para
se chegar a esse resultado foram utilizadas várias tecnologias: Integração
Lavoura-Pecuária-Floresta, Recuperação de Pastagens Degradadas, Sistema Plantio
Direto e Florestas Plantadas. Segundo a assessoria de imprensa do Sistema CNA
(Confederação Nacional da Agricultura), os principais setores atendidos foram
bovinoculturas de corte, leite e agricultura.
O
estudo mostra que, nas áreas recuperadas, a produtividade na cadeia da bovinocultura
de corte subiu de 0,7 unidade/animal por hectare para 2,5 e o ganho de peso dos
animais com a renovação da pastagem também aumentou, passando de 400 para 900
gramas/dia. Com isso, o tempo de abate reduziu de 36 meses para 19 meses.
O
projeto começou em 2015 e ao todo mais de 18 mil pessoas foram beneficiadas
entre produtores e familiares, estudantes e técnicos. O ABC Cerrado também
ajudou a manter a área de vegetação nativa dentro das propriedades rurais, como
as áreas de preservação permanente e reserva legal. Segundo a CNA, “em cinco
anos houve um incremento de 192,5 mil hectares de vegetação nativa, ou seja, ao
adotar tecnologias e boas práticas agrícolas, o produtor rural aumentou a
produtividade em um mesmo espaço, evitando a abertura de novas áreas no Cerrado.
” (ABr)
Terça-feira,
05 de novembro ás 11:00
Nenhum comentário:
Postar um comentário