Durante
uma aula de português, no Centro de Ensino Fundamental (CEF) na quadra 104 da
Asa Norte, em Brasília, o professor Wendel Santana, 25 anos, propôs aos alunos
do 6º ano uma redação improvisada sobre práticas sexuais, “sexo oral e anal”,
na última quarta-feira (13). Sobre o caso, a Secretária de Educação informou
que ele apenas foi afastado das salas de aula.
Ao
sugerir o tema da redação, o docente utilizou termos chulos como “fio terra”,
“punheta”, “boquete”, os próprios alunos ao se sentirem incomodados fizeram as
imagens do quadro, com os temas da redação. “Brasília, 13 de novembro de 2019.
Objetivo: fazer o próprio currículo. Redação improvisada. Escrever sobre
polidez e transformações afetivo-sexuais na adolescência (pós-infância). Sexo
oral e penetração”.
Por
meio de nota, a Secretaria de educação alegou que Santana é um professor
temporário, mas que, em lugar de chamar a polícia, apenas o afastou e o
devolveu preventivamente à Coordenação Regional de Plano Piloto e Cruzeiro,
“enquanto está investigando a situação no CEF 104 Norte”. Apesar das gravações
em áudio e vídeo, a secretaria informou que, “se comprovados os fatos, terá seu
contrato cancelado”.
o Sindicato dos professores do Distrito
Federal (Sinpro-DF) informou que a diretoria vai se reunir hoje para tratar do
tema “Ainda não existe uma posição sobre o assunto. Ela também vai aguardar
primeiro a apuração dos fatos, para saber o que aconteceu. Acha o assunto
grave, mas ainda precisa ver o resultado da apuração”.
Em
sua defesa, Santana afirma que “não recebeu treinamento adequado”. E alegou que
objetivo do exercício era ensinar as crianças as diversas formas de linguagem.
“”A linguagem que eles trazem pra mim é uma linguagem totalmente informal. Foi
isso que eu vi. O exercício que eu propus foi trazer essa informação de
linguagem informal e adaptá-la para uma linguagem formal, que é a linguagem da
educação de fato”.
O
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da
Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc) vai pedir abertura de uma
investigação sobre a postura de Santana em sala de aula com alunos de 10 e 11
anos. (DP)
Terça-feira,19
de Novembro, 2019 ás 18:00
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