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26 de fevereiro de 2016

EMPRESAS DE ÔNIBUS VÃO TENTAR REVOGAR DECISÃO JUDICIAL




O presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo (SET), Décio Caetano, criticou preocupadamente no final da tarde de ontem (24), durante entrevista coletiva à imprensa, a decisão da Justiça de suspender o reajuste de R$ 3,70 da tarifa do transporte coletivo na Grande Goiânia.

Ao acatar pedido da promotora Leila Maria de Oliveira, da 50ª Promotoria de Justiça de Goiânia, o juiz Élcio Vicente da Silva, da 3ª Vara da Fazenda Pública, entrou em concordância com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) de que o serviço de transporte coletivo é considerado falho em termos de qualidade eficiência e, portanto, incompatível com o valor cobrado ao usuário. “Este reajuste deve ser suspenso, até que as empresas concessionárias arquem com seus deveres contratuais e prestem um serviço adequado aos usuários do transporte público coletivo”, afirma a promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira.

Durante a entrevista, Décio Caetano destacou que, se a decisão da Justiça prevalecer, a eficiência do transporte coletivo poderá piorar em Goiânia e para os 18 municípios da Região Metropolitana. “É insustentável para o sistema operar ao preço de R$ 3,30. Se continuar a mesma tarifa o sistema não sobrevive”.

Décio afirmou que as empresas de ônibus ainda não foram notificadas da decisão, mas que as concessionárias estão preparando recursos para tentar revogar a decisão da Justiça. Ele alega que “o não reajuste da tarifa inviabiliza o sistema, isto é, ele não tem capacidade para alavancar recursos financeiros. O reajuste veio para repor os custos dos últimos 12 meses”. E tornou a afirmar que se revogada a decisão da Justiça, o reajuste no valor da tarifa não possibilita que as empresas façam investimentos ou melhorias, mesmo que esse seja o desejo.

De acordo com ele, o Ministério Público de Goiás recebeu em 2014 os balanços do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo constando todas as despesas das concessionárias de 2009 a 2014 que, segundo ele, contabiliza um prejuízo de mais de R$ 27 milhões para as empresas. “Se ela [Leila Maria] fez a apuração, ela vai saber dos prejuízos que tivemos e da situação das empresas”, contou.
Pedido de suspensão

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) propôs ação civil pública no último dia 15, no Fórum de Goiânia, visando à suspensão do reajuste de 12,12% deliberada pela Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC). O valor subiu de R$ 3,30 para R$ 3,70 e começou a valer no dia 6 de fevereiro, durante feriado de carnaval.
Clamor das ruas

O aumento do valor da passagem dos ônibus mobilizou estudantes no Centro de Goiânia, que protestaram contra o novo valor da tarifa e a privatização da Metrobus nas últimas semanas. As manifestações foram movidas depois que Décio Caetano alegou que o aumento no valor da passagem não viria acompanhando de melhorias no transporte público.

POR Rafael Freitas

Sexta-feira, 26 de fevereiro, 216

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