Os
novos desdobramentos da Operação Lava Jato, com a prisão do marqueteiro petista
João Santana, desnudaram a magnitude do projeto criminoso de poder levado a
cabo pelo PT nos últimos 13 anos. Os indícios de que o publicitário teria
recebido dinheiro por meio de contas mantidas no exterior por uma das
empreiteiras envolvidas no petrolão – supostamente para quitar despesas de
campanhas do partido – ligam o esquema de ilegalidades ao núcleo do lulopetismo
e, se é que ainda havia alguma dúvida a respeito, levam o maior escândalo de
corrupção da história da República a subir a rampa do Palácio do Planalto.
Mais
do que um simples marqueteiro, responsável pelas campanhas de Lula (2006) e
Dilma Rousseff (2010 e 2014), Santana se transformou em um conselheiro político
da presidente da República, o que lhe rendeu a alcunha de “ministro informal da
propaganda” do governo lulopetista. Sua prisão reforça as suspeitas de que a
campanha à reeleição de Dilma foi financiada pelo dinheiro desviado da
Petrobras por uma verdadeira quadrilha que assaltou o Estado brasileiro, o que
impulsiona as ações que pedem a cassação da chapa encabeçada pela petista junto
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além
da hipótese da cassação da chapa, que será examinada pela Corte Eleitoral, a tese
do impeachment da presidente ganha força às vésperas de novas manifestações que
tomarão as ruas brasileiras no próximo dia 13 de março. Ao contrário da versão
propagada pelo governo nos últimos meses, ela nunca havia saído da pauta,
embora tivesse sofrido certo arrefecimento desde o fim do ano passado. Na
esteira da nova fase da Lava Jato, que conecta cabalmente o petrolão ao
gabinete presidencial, não há dúvida de que volta à ordem do dia com força
total.
As
oposições já se manifestaram publicamente em apoio à nova rodada de protestos
em todo o país, convocando seus militantes e toda a sociedade brasileira a irem
às ruas em prol do impeachment. Não são Dilma ou o PT que vêm sangrando em meio
à mais grave crise já enfrentada em nossa história, é o próprio país! A
presidente e seu partido fazem o Brasil sangrar com a corrupção desenfreada, o
desmantelo, o estelionato eleitoral, o desemprego, a inflação, a ameaça às
instituições republicanas, entre outras mazelas. Precisamos, urgentemente, de
um novo rumo, e só será possível trilhar esse caminho a partir de um governo
mais ético, decente e eficiente.
A
mobilização da opinião pública e das forças políticas em favor do impeachment,
apoiado pela expressiva maioria da população brasileira, também é importante
para sensibilizar o Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros têm a
obrigação moral de julgar com celeridade os embargos apresentados pela Câmara
dos Deputados que contestam a absurda decisão da Corte de mudar o rito do
processo de impedimento no Congresso, interferindo abusivamente no Poder
Legislativo e contrariando entendimento anterior firmado quando do afastamento
do então presidente Fernando Collor, em 1992.
Independentemente
do que vier a decidir a Suprema Corte em relação às contestações apresentadas
pela Câmara, o fato inescapável é que o desgoverno do PT está na berlinda,
acuado diante das investigações sobre as práticas criminosas cometidas nesses
tristes tempos de Lula e Dilma. Os brasileiros devem se inspirar no lema
adotado pelos movimentos sociais que convocam a manifestação de 13 de março:
“ou você vai, ou ela fica”. É disso mesmo que se trata. Nunca estivemos tão
perto de colocar um ponto final no pior governo da história da República e,
para tanto, é fundamental tomar as ruas de norte a sul do país e cerrar
fileiras em favor da Lava Jato, da democracia, das instituições e do futuro do
Brasil. A hora é agora, não dá mais para esperar. Impeachment já!
*****Roberto
Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS
Sexta-feira,
26 de fevereiro,2016
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