“Converso sistematicamente com o
presidente Lula. Acho que ele está sendo objeto de grande injustiça. Respeito
muito a história do presidente Lula e tenho certeza que esse será um processo
que será superado porque eu acredito que o pais, a América Latina e o mundo
precisam de uma liderança com as características do presidente Lula”.
A
opinião da presidente Dilma a respeito do que ocorre com o ex-presidente Lula é
um direito dela. Não há a menor dificuldade em reconhecer injustiça quando nos
deparamos com uma. Trata-se, de maneira simplificada, de uma punição que ocorre
contra uma pessoa que não tenha cometido nenhuma irregularidade, nenhum crime,
nenhum "malfeito".
É
direito da presidente se expressar a respeito da torrente interminável de
informações que bombardeiam a população diariamente, sistematicamente, dando
conta de atos atribuídos ao ex-presidente Lula, atos que ainda não foram
julgados nem completamente esclarecidos. Isso, na opinião dela, é injustiça.
As
denúncias vêm ocorrendo praticamente desde o primeiro dia do governo Lula, mas
nos últimos tempos, vêm acompanhadas de informações, documentos e evidências
que fazem as dúvidas penderem para um lado que, digamos, não lhe é favorável.
A
declaração da presidente termina com o mais explícito dilmês. Ela acredita que
tudo isso será superado porque ela acredita que a humanidade precisa de alguém
como Lula. Em primeiro lugar, é bastante discutível que o Brasil, a América
Latina, o mundo ou o Condomínio Solaris tenham qualquer necessidade de alguém
que minimamente se pareça com Lula.
Além
disso, qual é a conexão entre a necessidade (real ou imaginária) que tenhamos
de alguém com as características de Lula e a superação desse longo processo que
a cada dia incrimina mais e expõe de maneira ainda mais bruta e documentada
todas as principais "características" dos governos conduzidos ou
orientados pelo ex-presidente?
Aparentemente,
o que inocenta Lula e superará todas as injustiças é a fé que a presidente
deposita na correção, na integridade, na inteligência e na virgindade
espiritual do ex-presidente, mesmo diante dos longos e muitos anos de governos
emergidos da lama, sem escrúpulos, sem princípios e sem freio, conduzindo
movimentos que fazem absolutamente qualquer negócio pela permanência no poder..
Ela até hoje se recusa a se dar conta de que está bem no centro disso tudo.
Maurício
Terra
Segunda-feira,
15 de fevereiro, 2016
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