O
Governo Federal anunciou, nesta sexta-feira (19), o contingenciamento de R$
23,4 bilhões no orçamento de 2016. O governo também voltou a diminuir a
projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no
país) para este ano. Segundo números divulgados pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, a estimativa de contração da economia passou
de 3,7% para 2,9% em 2016. O Produto Interno Bruto (PIB) nominal estimado é de
6,194 trilhões.
A
estimativa aproxima-se das previsões do mercado financeiro. Segundo a edição
mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com
instituições financeiras, o mercado prevê queda de 3,33% do PIB em 2016.
O
governo reduziu para 7,10% a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2016. A estimativa anterior era de
10,6%, também pelo IPCA.
A
projeção para o IPCA também está mais otimista que as estimativas do mercado. A
última edição do Banco Central estimava inflação oficial de 7,72% neste ano. O
salário mínimo utilizado no cálculo é o que já está em vigor, de R$ 880, desde
janeiro.
Planejamento
anuncia corte de R$ 4,2 bilhões no PAC
Principal
programa de investimentos do governo federal, o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) terá corte de R$ 4,2 bilhões, anunciou o ministro do
Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Simão. Segundo o ministro, será dada
prioridade a projetos em fase de conclusão e a ações prioritárias para impedir
que obras importantes parem.
Além
dos cortes no PAC, o Orçamento terá o bloqueio de R$ 11 bilhões nas demais
despesas discricionárias (não obrigatórias) e de R$ 8,2 bilhões nas emendas
parlamentares.
Com
o contingenciamento, o orçamento para o PAC caiu de R$ 30,7 bilhões para R$
26,5 bilhões. A dotação das emendas caiu de R$ 14,8 bilhões para R$ 6,6
bilhões. O valor inclui não apenas as emendas individuais, mas as emendas
coletivas e de bancada.
Em
relação às demais despesas discricionárias, a dotação passou de R$ 86,7 bilhões
para R$ 75,7 bilhões. Desse total, cerca de R$ 12 bilhões virão de mudanças na
política do pagamento de precatórios (despesas que a Justiça manda o governo
pagar).
(Jornal
do Brasil)
Sexta-feira,
19 de fevereiro, 2016
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