O
país registrou, pelo terceiro mês seguido, saldo positivo nas contas externas.
Em maio, o superávit em transações correntes, que são as compras e as vendas de
mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, ficou em
US$ 2,884 bilhões, informou hoje (27) o Banco Central (BC). Este foi o maior
resultado para o mês na série histórica iniciada em 1995. Em maio de 2016,
também foi registrado saldo positivo, de US$ 1,186 bilhão.
O
resultado de maio também é o melhor desde julho de 2006, quando chegou a US$
3,007 bilhões. Nos cinco meses do ano, houve déficit de US$ 616 milhões,
resultado bem menor do que o registrado em igual período de 2016 (US$ 5,998
bilhões).
Projeções
O
resultado positivo nas contas externas é influenciado pelo saldo comercial. Em
maio, o superávit comercial chegou a US$ 7,419 bilhões e acumulou US$ 27,973
bilhões, nos cinco meses do ano. Para o ano, o BC revisou a projeção do
superávit comercial de US$ 51 bilhões para US$ 54 bilhões. Este foi principal
fator que levou à redução na projeção de déficit das transações correntes de
US$ 30 bilhões para US$ 24 bilhões.
Em
relação a tudo o que o país produz, o Produto Interno Bruto (PIB), o saldo
negativo deve corresponder a 1,19%, contra 1,45% previstos em março pelo BC.
A
conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de
equipamentos, seguros, entre outros) deve apresentar resultado negativo de US$
34 bilhões. A estimativa anterior era US$ 36,7 bilhões.
No
balanço das transações correntes, a conta de renda primária (lucros e
dividendos, pagamentos de juros e salários) deve apresentar saldo negativo de
US$ 46,8 bilhões, contra US$ 47,6 bilhões previstos anteriormente.
A
conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para
outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou
bens) deve registrar saldo positivo de US$ 2,8 bilhões, ante US$ 3,3 bilhões
previstos em março.
Quando
o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir esse
déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de
financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque
recursos são aplicados no setor produtivo do país. A projeção do BC é que, este
ano, esses recursos sejam mais que suficientes para cobrir o saldo negativo das
contas externas porque devem chegar a US$ 75 bilhões, a mesma projeção
anterior. Em relação ao PIB, esse valor deve corresponder a 3,71%. (ABr)
Terça-feira,
27 de junho, 2017 ás 11hs30
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