O presidente da República em
exercício, Rodrigo Maia, defendeu a aprovação das reformas trabalhista e
previdenciária durante evento na noite de ontem (20). Maia discursou por pouco
mais de cinco minutos e dedicou parte deles a criticar aqueles que se opõem à
reforma da Previdência. Para o presidente em exercício, o sistema atual
beneficia poucos em detrimento da maioria da população.
“Os discursos de que a reforma da
Previdência vem a tirar direitos dos mais pobres vem exatamente na linha de
mostrar que poucos, com muita competência, vêm há muitos anos garantindo os
seus benefícios em detrimento da grande maioria da população”, disse Maia. Ele
acrescentou que o sistema previdenciário “deveria existir para garantir o
futuro de todos nós, e do jeito que vai, hoje não garante”.
Ele afirmou ainda que o Brasil
vive a “falência de muitas coisas”. Citou, além do sistema previdenciário, a
segurança pública, o sistema político-eleitoral e o sistema das leis
trabalhistas. Em clara alusão aos debates da reforma trabalhista, que tiveram
um capítulo amargo para o governo e seus aliados hoje, no Senado, Maia afirmou
que as leis trabalhistas “em vez de garantir empregos, garante milhões de
desempregados”.
“Vivemos crises enormes. E a
todos os brasileiros cabe construir soluções. Vamos precisar, nesse momento de
crise aguda que vivemos, reconstruir o país em várias áreas”, afirmou
presidente em exercício.
Delação premiada
Maia participou da abertura de um
seminário de direito administrativo e administração pública, voltado à
segurança pública. O evento aconteceu em uma escola de direito do ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Ele fez a fala de abertura da
noite e citou o instrumento da delação premiada, que se referiu como um tema
“que está na agenda política e institucional do país”. Para ele, o emprego da
delação premiada não pode comprometer as instituições jurídicas.
“Que não haja comprometimento da
institucionalidade. E o combate ao crime deve se fazer sem cometer crimes. O
agente público não pode se igualar ao bandido que pretende combater, se não,
caminhamos para o ambiente de selvageria”. (ABr)
Quarta-feira, 21 de Junho, 2017
as 9hs00
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