Rosa
Costa =*=
A bancada do PT no Senado tem entre seus dez
integrantes seis senadores que optaram em pagar com dinheiro público as
parcelas do Imposto de Renda devidas sobre os 14º e 15º salários.
Serão favorecidos pelos R$ 5 milhões
disponibilizados pela Casa para pagar o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF)
os petistas Paulo Paim (RS), Angela Portela (RR), Aníbal Diniz (AC), Delcídio
do Amaral (MS), Humberto Costa (PE) e Jorge Viana (AC). Menos da metade dos 81
senadores bancará o gasto com dinheiro próprio. O Senado divulgou na noite da
última terça-feira, 27, uma lista de pagadores com 46 nomes, entre os quais sete
ex-senadores.
A Receita Federal cobra dos senadores o imposto
devido sobre os salários extras, no valor de R$ 26,7 mil, recebidos no período
de 2007 a 2011, no início e no final do ano. O Senado resolveu bancar o gasto
com dinheiro público alegando que houve mudança na orientação da própria
Receita que concordava com a Casa quanto ao caráter indenizatório. Ou seja, o
valor serviria para custear despesas extras, não identificadas.
Depois do PT, o PMDB, com uma bancada de 20
senadores, aparece em segundo lugar entre os partidos cujos integrantes vão
transferir a cobrança do imposto para o contribuinte. São ao seis senadores:
Roberto Requião (PR), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Garibaldi Alves
(RN), João Alberto Souza (MA) e Lobão Filho (MA). O nome do senador Pedro Simon
(RS) não constava da lista inicial de pagadores e só foi incluído na manhã
desta quarta-feira, atendendo a seu pedido.
Entre os cinco senadores que disputaram as eleições
municipais, Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Humberto Costa pagarão o IR com dinheiro
do orçamento. A situação nos demais partidos é a seguinte: PDT, com quatro
senadores, três optaram por pagar o imposto com dinheiro público: Cristovam
Buarque (DF), Acir Gurgacz (RO) e Zezé Perrella (MG).
No PSB, também com quatro senadores, três terão o
débito quitado pelo contribuinte: Antonio Carlos Valadares (SE), Lidice da Mata
(BA) e João Capiberibe (AP). A situação no PTB é a mesma com relação aos
senadores Fernando Collor (AL), Epitácio Cafeteira (MA), João Vicente Claudino
(PI) e Mozarildo Cavalcanti (RR).
Entre os tucanos, com bancada de 10 senadores,
Lúcia Vânia (GO) e Mário Couto (PA) transferiram a despesa para o contribuinte.
Ocorre o mesmo no PP com o senador Francisco Dornelles (RJ), Benedito de Lira
(PI) e Ivo Cassol (RO). Jayme Campos (MT) e Maria do Carmo Alves, do DEM,
também não quitarão as parcelas do imposto de renda com dinheiro próprio.
Quarta-feira 28 de novembro
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