Constituição
não blinda a presidente, lembra Caiado, líder do DEM
O
senador Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM, afirmou ontem quinta-feira (12) que
não existe nenhum artigo na Constituição Federal que proíba a investigação da
presidente Dilma Rousseff (PT) no escândalo de roubalheira na Petrobras, ao
contrário do que afirmam o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do
ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Caiado disse ainda que a Carta Magna é
clara em determinar que todos os que zelam pelo patrimônio público devem agir
com transparência e estão passíveis de ser responsabilizados quando houver
indícios e provas de desvios.
O
parlamentar lembrou que a tese de Janot e Cardozo sobre a Dilma ganhou força
após a divulgação da lista de parlamentares investigados. E afirmou que todas
as atitudes de Dilma buscaram apagar as digitais dos crimes cometidos na
Petrobras.
“Quantas
vezes a presidente da República foi citada na delação do doleiro Alberto Youssef?
Onze vezes? Qual foi a base de que sequer não se pode abrir investigação? O que
vemos foi o silêncio de quem foi presidente do Conselho de Administração da
Petrobras. Com todos os escândalos, a presidente resistiu, quando todo o Brasil
pediu, em demitir a Graça Foster, presidente da estatal”, afirmou.
“Pergunto:
quando existe crime, quais são as primeiras providências? Cercar o local,
chamar a polícia técnica e científica e buscar os indícios, provas porque no
decorrer do tempo as provas desparecem.
É importante que possamos investigá-la para saber se existe a conivência
a utilização do mandato na manutenção de uma diretoria que tem o objetivo de
apagar as digitais, indícios ou provas daquele escândalo de corrupção praticado
na Petrobras”, pontuou.
Dilma
sabia de tudo, segundo Youssef
O
senador ainda lembrou a capa da revista Veja em que tratava da delação de
Alberto Youssef sobre o conhecimento de Dilma e Lula sobre o esquema do
Petrolão. E como naquele momento, pré-eleição, os filiados e militantes do PT
prontamente se mobilizaram para depredar o prédio da Editora Abril.
“Uma
revista de repercussão nacional estampou a delação em que o doleiro diz que
revelou a Polícia Federal em que Dilma Rousseff e Lula tinham conhecimento das
benesses, do escândalo na estatal. Isso provocou ação direta do exército do
Lula, do Stédile, para agredir a Veja, quebrar o prédio da Veja, que foi
execrada como se estivesse fazendo campanha ao candidato da oposição. Vivemos
um momento delicado”, disse. (A/E)
Sexta-feira, 13 de março, 2015
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