O Congresso não será mais o mesmo, se é que
desde sua instalação em fevereiro foi alguma coisa. Não haverá como o
Legislativo manter-se ativo e respeitado enquanto não for julgado o último dos
49 políticos integrantes da lista do procurador Rodrigo Janot, além, é claro,
de outros que possam ser incluídos a partir de agora. O Executivo também perde
em densidade, de mãos amarradas, dada a evidência de fazerem parte de sua base
parlamentar quase todos os apontados como participantes do escândalo da
Petrobras. Para não falar de
ex-ministros e até do coordenador da segunda campanha de Dilma. Com relação aos
partidos, a mesma coisa. Poucos escaparão intactos, com o andar das
investigações, liderados pelo PMDB, o PT e o PP.
Fica
no ar a indagação maior: as instituições democráticas resistirão? Já tem gente procurando alternativas, todas
de péssima lembrança e piores intenções. A volta dos militares seria cômica se
não fosse trágica, mas, felizmente, inviável.
A entrega do poder às centrais sindicais aumentaria o descrédito. Imaginar a Igreja, ou as igrejas, comandando
o espetáculo, multiplicaria a confusão. Pensar no empresariado seria pensar na
farra das empreiteiras. Convocar a
inteligência nacional através das universidades, um risco dos diabos de
desentendimento completo.
Sendo
assim... Sendo assim, melhor juntar os cacos do que está sobrando a partir de uma
determinação: jamais todo o poder ao Judiciário, que só deu certo há 70 anos,
mas levar a Justiça a entender que só
desataremos o nó deitando imediatamente tacape e borduna no lombo dos
corruptos, quantos e quaisquer que sejam e onde se encontrem. A reconstrução
apenas será possível com a rápida e inflexível punição dos que contribuíram e
ainda contribuem para destruir a nação.
Cabe aos tribunais, em vez de se imaginarem acima e além da sujeira,
extirpá-la. Para começar, agilizando as investigações e os processos. O Brasil não
aguentará mais do que um ano assistindo revelarem-se a conta-gotas suas
podridões. Torna-se necessário pular por
cima de expedientes e filigranas jurídicos que em vez de aprimorar, só conspurcam
a Lei e o Direito. Cultivar o
contraditório e a prerrogativa de defesa não impedem a urgência. Melhor chamar
rapidamente o Joaquim Barbosa.
O
quadro é: corrupção generalizada em todas as esferas, violência sem controle, o
cidadão de bem preso em casa e os bandidos soltos e defendidos pelos
"direitos humanos"; destruição dos valores morais da sociedade;
destruição dos valores da família; judiciário aparelhado e corrompido; trama de
desmoralização das polícias (principalmente a militar); leis que só beneficiam
criminosos; opressão do governo como nunca se viu com imposição de impostos
sobre impostos; destruição da economia pela roubalheira para financiar um
projeto criminoso de poder pelo PT; uso dos recursos do país para financiar a
implantação do socialismo/comunismo no Brasil e nos países vizinhos. (Carlos
Chagas)
Domingo,
8 de março, 2015
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