A
eleição de 2016, para prefeitos e vereadores em Goiás, será de extrema
dificuldade para administradores que estão no poder e para os que pretendem
colocar sucessores. O cenário é de muita dificuldade para o atendimento às
demandas da população, a reclamada queda na arrecadação e débitos não recebidos
amplificam o ambiente que as gestões municipais têm que enfrentar. No processo
eleitoral, será difícil pedir voto.
A
lista é extensa e, pode-se afirmar, há poucos prefeitos com alto grau de
aprovação. Onde estaria o problema? Há um eleitor muito mais exigente que saiu
do processo eleitoral de 2014 e que tende a cobrar muito mais na próxima
eleição. A exigência pode até ser entendida como “impaciência”. O fato foi bem
avaliado pelo governador Marconi Perillo (PSDB), em entrevista na semana
passada, ao responder sobre a anunciada manifestação nacional do dia 15 de
março.
Neste
ambiente, os prefeitos chegaram a anunciar um fechamento de prefeituras por
falta de recursos. Ou seja, para o eleitor, impaciente, é falta de competência.
Fechar o órgão público mais perto do cidadão é agressão direta ao eleitor. E,
de fato, nenhuma prefeitura levou a cabo essa situação, pois equivale a uma
espécie de suicídio político.
Ainda
haveria tempo para recuperação? Difícil dizer, pois o ambiente de cortes e
limitação de recursos, ou queda na arrecadação, durante 2015 deve se manter. A
fonte no governo federal já mostrou-se escassa. Do governo estadual, a
insistência dos prefeitos para receber parcelas de verba da saúde e programa de
transporte de estudantes, por exemplo, é histórica. O presidente da Associação
Goiana de Municípios, Cleudes Baré (PSDB), afirmava de uma dívida de R$118
milhões no final de 2014.
Sem
dinheiro, sem obras, sem reajuste de salários, sem asfaltamento, a atual
geração de administradores municipais estão fazendo uma espécie de
pós-graduação em cortes de despesas e contenção de gastos. E o que é que isso
tem de bom? Os prefeitos precisam aprender, atuais e futuros, que administrar
uma prefeitura é um exercício de eficiência de gestão. Precisamos de mais
gestores, isso é fato. E o resultado eleitoral de 2016? Provavelmente, de muita
renovação.
(Altair
Tavares.)
Segunda-feira,
16 de março, 2015
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