Na
última segunda-feira (25/03), na porta de uma das copas do Supremo Tribunal
Federal (STF), uma única xícara de café repousava no carrinho de metal, ladeada
por duas garrafas térmicas — uma delas tinha a bebida adoçada e a outra a sem
açúcar. “Eram mais de 40 xícaras aqui. Compraram estes dias, mas levam tudo
embora, não adianta”, acusou um dos garçons do tribunal.
Segundo
esse garçom, o STF comprou um lote de xícaras recentemente para uso dos
servidores e dos visitantes. No tribunal, perdura o hábito de garçons
uniformizados servirem ministros e servidores nas salas, com uma bandeja.
Depois, o café é acomodado nas garrafas térmicas e as xícaras ficam no
corredor, para o uso de quem quiser repetir a dose.
“Estes
dias acharam uma xícara lá na praça, no banco perto da estátua”, revelou o
mesmo garçom, referindo-se à estátua da Justiça, na Praça dos Três Poderes. O
furto de xícaras na mais alta Corte do país tem atrapalhado o serviço dos
garçons. “Daqui a pouco, não tem mais xícara para levar o café nas salas.”
Por
isso, nos corredores, não haverá mais xícaras para café disponíveis. Elas serão
recolhidas e ficarão na copa, para os garçons servirem nas salas. Minutos
depois, eles passam recolhendo a louça. Quem for visitar o STF e quiser tomar
um café, vai precisar levar sua própria xícara ou caneca.
De
fato, as compras de xícaras de café pelo tribunal têm sido cada vez mais
frequentes. No último dia 11, foi comprado um lote com 720 unidades, sem pires.
O custo total foi de R$ 3.816. Em junho do ano passado, foram adquiridas 744
xícaras por R$ 4.389,60. Em outubro de 2017, 504 xícaras chegaram ao tribunal
ao custo de R$ 3.906.
Recentemente,
o Supremo também baniu o uso de copos de plástico para beber água, por questões
ambientais. O visitante precisa pedir um copo de vidro em uma das copas. O
garçom que entrega o copo costuma esperar a pessoa acabar de beber água para
recolher o copo. É uma forma de evitar mais furtos.
(Revista
Época)
Terça-feira,
26 de março, 2019 ás 18:00
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