Procuradores
da República promoveram Sábado (16/03), em Curitiba (Paraná), um ato de
desagravo à força-tarefa da Operação Lava Jato. A manifestação é uma reação às
críticas feitas ao Ministério Público Federal e também à Procuradoria-Geral da
República, que é contra o acordo para reverter a maior parte da multa paga pela
Petrobras nos Estados Unidos para uma fundação no Brasil.
O
protesto ocorreu na véspera de a Operação Lava Jato completar cinco anos e no
dia seguinte à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que define que ações
relativas a crimes comuns, como corrupção e lavagem de dinheiro, e que tiverem
relação também com crime eleitoral de caixa 2 devem ser remetidos à Justiça
Eleitoral.
“Com
a suspensão do acordo, existe um risco de que esse dinheiro tenha que ser pago,
pela Petrobras, aos Estados Unidos. Se não houver um acordo que legitime a
permanência desse dinheiro no Brasil, ele terá que ser entregue às autoridades
norte-americanas”, disse o procurador da República Deltan Dallagnol. “Faremos
todos os esforços para que os recursos permaneçam no Brasil.”
Segundo
Dallagnol, a negociação foi comunicada à procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, que é contrária à proposta de criação de uma fundação para administrar
os recursos.
“O
dinheiro não precisa ir para a fundação”, afirmou. “Nossa preocupação não é
para onde o dinheiro será destinado. Estamos abertos a negociações. Respeitamos
a decisão do STF, mas acreditamos que as informações não chegaram completas à
Corte.”
Dallagnol
reiterou as pressões contra a Lava Jato nos últimos dias. “Nunca houve tanta
pressão exercida sobre a Lava Jato e às nossas atividades quanto na última
semana. Quem nos pressionou pode ter acreditado que isso nos desestimularia,
mas, pelo contrário, isso nos uniu.” (ABr)
Sábado,
16 de março, 2019 ás 19:55
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