O
presidente Jair Bolsonaro (PSL) repete o comportamento comum a quase todos os
seus antecessores: não lê jornais “para não começar o dia envenenado”, segundo
ele afirmou domingo (4/08). O chefe de governo disse também que não trabalha
pensando na reeleição em 2022, mas ressaltou que, se não for reconduzido ao
cargo, espera ser substituído por “alguém melhor”.
Diante
de cerca de 2.000 fiéis da igreja evangélica Fonte da Vida, Bolsonaro afirmou
que sabia que seu governo seria alvo de jornalistas. “Eu muitas vezes não leio
jornal nenhum para não começar o dia envenenado. Não trabalho pensando em
2022”, disse.
Se
o governo for bem, ele disse que não descarta a reeleição. “Se não formos,
espero que chegue alguém melhor do que eu”, disse, enquanto ressaltou que, no
passado, outras pessoas “demonstraram uma sede de poder, nada mais além disso”.
Em
julho, Bolsonaro dissera que assumiu “um país quebrado moral, ética e
economicamente, mas se Deus quiser nós conseguiremos entregá-lo muito melhor
para quem nos suceder em 2026”, referindo-se a um período após um eventual
segundo governo dele.
Em
julho, o presidente declarou que entregaria um país melhor a quem sucedê-lo em
2026, ou seja, após um eventual segundo governo dele. “Pegamos um país quebrado
moral, ética e economicamente, mas se Deus quiser nós conseguiremos entregá-lo
muito melhor para quem nos suceder em 2026”, disse na ocasião.
Neste
domingo, Bolsonaro voltou a tecer críticas à imprensa. Segundo o presidente, os
jornalistas dizem que ele ainda está num palanque, em referência à campanha eleitoral.
“E eu devolvo: a imprensa ainda está na oposição. ”
Bolsonaro
disse que busca falar com a imprensa toda vez que sai do Palácio da Alvorada
para evitar o que chamou de distorções. “Se eu não falar, vem distorção, vem
mentira. Se eu falar, a minha equipe está filmando. Mesmo que haja distorções,
vão continuar havendo, eu mostro as filmagens do que aconteceu. ”
Aos
fiéis, ele afirmou que quer manter um bom relacionamento entre os Três Poderes
e disse que não criticaria o Congresso ou o Judiciário.
Bolsonaro
voltou a elogiar o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), André Luiz
Mendonça, a quem considera um bom nome para uma futura vaga no STF (Supremo
Tribunal Federal) por ser “terrivelmente evangélico”. (DP)
Segunda-feira,
05 de agosto, 2019 ás 10:00
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