O
salário mínimo proposto pelo governo federal para o ano que vem é de R$ 1.039.
O valor consta no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2020, que foi enviado sexta-feira
(30/08) para análise do Congresso Nacional, juntamente com o texto do projeto
de lei que institui o Plano Plurianual (PPA) da União para o período de 2020 a
2023.
"Esse
valor é exatamente o número de 2019 corrigido pelo INPC. Não é nossa política
de salário mínimo. Temos até o fim do ano para estabelecer nossa política de
salário mínimo", afirmou o secretário especial da Fazenda, Waldery
Rodrigues, durante coletiva de apresentação do Orçamento 2020.
Até
o ano passado, a política de reajuste do salário mínimo, aprovada em lei,
previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto
(PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Esse modelo vigorou entre
2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do
país, em 2015 e 2017, registrou retração, com queda de 7% nos acumulado desses
dois anos.
O
valor previsto agora está abaixo da última projeção, anunciada em abril, que
indicou um salário mínimo de R$ 1.040. A revisão para baixo está relacionada
à correção do valor do salário mínimo de
2020 ser corrigido pela inflação desse ano, medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC), que registrou queda nos últimos meses (de 4,19%
para 4,09%).
Cada
aumento de R$ 1 no mínimo terá impacto de cerca de R$ 298,2 milhões no
Orçamento de 2020. A maior parte desse efeito vem dos benefícios da Previdência
Social de um salário mínimo.
Mesmo
com a ligeria redução, o salário mínimo do ano que vem vai ultrapassar a faixa
R$ 1 mil pela primeira vez na história. O reajuste representa uma alta de um
pouco mais de 4% em relação ao valor atual (R$ 998). (ABr)
Sexta-feira,
30 de agosto ás 18:00
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