Enquanto
roubavam a Petrobras, por meio de concorrência s fardulentas e
contrasuperfaturados, as empreiteiras Camargo Correa, Odebrecht, Queiroz
Galvão, OAS, UTC e Andrade Gutierrez fizeram depósitos regulares nas contas da
empresa pessoal do ex-presidente Lula, a LILS Palestras, Eventos e Publicações,
entre os anos de 2011 e 2014. Somente nesse período, foram mais de R$10
milhões.
A
informação consta no documento enviado à Justiça Federal esta semana para
defender a competência do juiz federal Sergio Moro para julgar o petista. O
ex-presidente vem fazendo um grande esforço para escapar do alcance do juiz
titular da Vara Federal de Curitiba, e de caracterizar de alguma maneira uma
suposta “questão pessoal” entre julgador e investigado.
Como
sócio majoritário da LILS, Lula controla 98% da participação societária da
empresa, por isso, segundo os procuradores da Lava Jato sustentam no documento
à Justiça Federal, “não há como desassociar o fato de que os cinco maiores
repassadores de dinheiro à LILS Palestras, Eventos e Publicações foram
empreiteiras integrantes do cartel que fraudou, de forma bilionária, licitações
em desfavor da Petrobras”.
O
Ministério Público considera que cabe a Moro julgar Lula porque os crimes
investigados relacionados a ele são de competência da esfera Federal, como
lavagem de dinheiro contra a Petrobras, que é uma estatal. “A conexão dos fatos
apurados com a Lava Jato [se dá] uma vez que presentes vários personagens em
comum, como diversas das empreiteiras participantes do cartel e dois dos
intermediários do pagamento de propina ao Partido dos Trabalhadores”. (A/E)
Domingo,
07 de agosto, 2016
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