Na
noite de terça (4/09), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra os ex-presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a presidente do PT, senadora Gleisi
Hoffman, os ex-ministros petistas Paulo Bernardo, Guido Mantega, Antonio
Palocci e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari. Todos são acusados pelo crime de
organização criminosa.
Os
petistas são acusados de “promover, constituir, financiar ou integrar,
pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”. Segundo Janot,
os acusados receberam R$ 1,5 bilhão em propina.
De
acordo com a denúncia, entre os anos de 2002 e 2016 os acusados
"integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o
período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência
da República, para cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a
administração pública em geral".
Para
Janot, o PT é parte de uma organização, “que congrega, pelo menos, os partidos
do PT, PMDB e PP, bem como núcleos diversos”.
A
investigação teve origem com base nas delações do doleiro Alberto Youssef e do
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Cabe ao relator
da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, notificar os denunciados e levar o
caso para análise da Segunda Turma da Corte.
Quarta-feira
06 de setembro, 2017 ás 10hs30
MÁQUINAS JÁ CONTARAM MAIS DE
R$51 MILHÕES NAS MALAS DE GEDDEL
A
Polícia Federal contou mais de R$51 milhões que estavam em malas e caixas de
papelão em um apartamento em Salvador, que seria o “bunker” de Geddel Vieira
Lima, ex-ministros dos governos Lula e Temer e ex-vice-presidente da Caixa
Econômica Federal no governo Dilma.
Foi
graças a uma pessoa que resolveu ligar para a PF que os investigadores
descobriram o apartamento onde Geddel guardava a montanha de dinheiro vivo. A
operação foi batizada de Tesouro Perdido.
Era
tanto dinheiro apreendido que as malas foram encaminhadas diretamente para um
banco, logo após a operação. Sete máquinas trabalham sem parar durante várias
horas para contar o dinheiro. Confira no vídeo abaixo.
Ao
autorizar a operação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou que
Geddel ‘estava fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence,
mas a terceiros, para guardar objetos/documentos (fumus boni iuris), o que, em
face das circunstâncias que envolvem os fatos investigados (vultosos valores,
delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação
de agentes públicos influentes e poderosos), precisa ser apurado com urgência’.
Geddel
está em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica. O ex-ministro foi preso
em 3 de julho e mandado para casa em 12 de julho.
Em
depoimento à Procuradoria da República em Brasília, o operador Lúcio Funaro
disse ter entregue ‘malas ou sacolas de dinheiro’ ao ex-ministro. Ele declarou
ter feito ‘várias viagens em seu avião ou em voos fretados, para entregar malas
de dinheiro para Geddel Vieira Lima’.
“Essas
entregas eram feitas na sala VIP do hangar Aerostar, localizada no aeroporto de
Salvador/BA, diretamente nas mãos de Geddel”, declarou Funaro.
Em
agosto, Geddel se tornou réu por obstrução de Justiça. O ex-ministro teria atuado
para evitar a delação premiada do corretor Lúcio Funaro, que poderia implicá-lo
em crimes de corrupção na Caixa Econômica Federal.
Recorde
A
grana apreendida pela PF no suposto ‘bunker’ de Geddel já é a maior apreensão
da história. Em 2011, uma operação da Polícia Federal anunciou um recorde de R$
12 milhões apreendidos, sendo R$ 7 milhões em real e o resto em dólar.
O
lavador de dinheiro profissional Alberto Youssef, preso na Lava Jato, foi pego
com R$ 5 milhões no início da operação, dentro de um cofre.
Quarta-feira
06 de setembro, 2017 ás 10hs30
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