Apesar de nomeado ministro do
Esporte na semana passada , Aldo Rebelo não costumava ter a pasta como um
prioridade quando era deputado federal – cargo que exerceu por vinte
anos. A lista de emendas ao orçamento de 2011 apresentadas por Aldo deixa
clara a predileção dele por outra área: Ciência e Tecnologia.
Em 2011,
foram duas emendas para projetos de inclusão digital no valor total de 5,2
milhões de reais – cinco vezes mais do que o destinado para o Ministério do
Esporte, 1 milhão de reais. A pasta figura em terceiro lugar no ranking
de áreas privilegiadas por Aldo. Medalha de bronze. Mesmo assim, note-se,
o comunista não deixou de dar sua contribuição para a pasta que virou feudo do
PCdoB. Os dados são do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal (Siafi).
A proposta do deputado: destinar
esse 1 milhão para a implantação e modernização de infraestrutura para “esporte
recreativo e de lazer”. A emenda tem abrangência nacional, ou seja, não indica
em que cidade o dinheiro deve ser aplicado. Um artifício comumente usado pelos
gabinetes dos parlamentares para dar mais flexibilidade à aplicação das verbas.
Já o
Ministério do Turismo foi agraciado com 4,75 milhões de reais pelo deputado
Aldo Rebelo, para projetos de promoção de eventos para divulgação do turismo
interno e de apoio à infraestrutura turística pelo Brasil.
Lembre-se
aqui que as emendas parlamentares foram um capítulo da crise que culminou com a
queda do titular do Turismo, Pedro Novais, também deputado de longa carreira.
Quando ocupava uma cadeira na Câmara, Novais
propôs uma emenda de 10 milões de reais para o mesmo “apoio a projetos de
infraestrutura turística” de Aldo, só que, no caso de Novais, direcionados a
seu reduto eleitoral, o Maranhão.
Aldo
Rebelo propôs emendas ao orçamento 2011 no valor total de 12,8 milhões de
reais. Além de Ciência e Tecnologia, Turismo e Esporte, foram beneficiados o
Fundo Nacional de Saúde, com 750 000 reais, a Embrapa e o Ministério da
Cultura, com 350 000 reais cada, e o Ministério da Defesa e a Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial, com 200 000 cada. De hoje em diante
é esperar do ministro, no mínimo, uma inversão de prioridades. (Carolina
Freitas, de São Paulo)
Segunda –
feira 31/10/2011 ás 18h:05
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