O convite
ao ex-presidente do Banco Central foi feito pelo próprio prefeito e líder da
legenda, Gilberto Kassab
O
ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles trocou o PMDB pelo PSD,
partido criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e mudou seu
domicílio eleitoral de Goiás para a capital paulista, informou a nova sigla ontem (7/10).
"Agradeço
a acolhida no PMDB, o maior partido do país, mas essa oportunidade de
participar da formação de um grande partido nacional desde o seu início me
estimula muito", disse Meirelles após assinar sua ficha de
filiação, segundo nota do PSD.
A
desfiliação de Meirelles do PMDB foi confirmada mais cedo pelo diretório do
partido em Goiás, onde Meirelles era filiado.
Sexta-feira
foi o prazo final previsto pela
legislação para que pessoas que pretendem se candidatar nas eleições municipais
do ano que vem estejam filiadas a um partido e mudem seu domicílio eleitoral.
"É
importante ressaltar que não se trata de um projeto eleitoral, mas de
contribuir no debate e na formulação de políticas para sustentar e incrementar
o nosso desenvolvimento", acrescentou o ex-presidente do BC.
A
transferência do domicílio eleitoral de Meirelles e sua filiação ao PSD
transformam o ex-presidente do Banco Central em uma das alternativas do novo
partido à sucessão de Kassab no comando da capital paulista.
Até então, o
nome do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, vinha sendo
considerado o provável candidato do PSD à prefeitura paulistana no ano que vem.
Meirelles se
filiou ao PMDB há dois anos, de modo que pudesse disputar as eleições do ano
passado. Ele foi apontado como um dos nomes para a vaga de vice-presidente na
chapa liderada pela então candidata a presidente Dilma Rousseff e como possível
candidato ao governo de Goiás.
Mas o PMDB
fechou em torno de Michel Temer para a vaga de vice de Dilma e com Íris Rezende
para a disputa pelo governo goiano. Cogitado para disputar uma vaga no Senado,
Meirelles decidiu permanecer à frente do Banco Central até o fim do governo de
Luiz Inácio Lula da Silva.
(Reportagem de Eduardo Simões)
Nenhum comentário:
Postar um comentário