Segundo o
procurador, aparentemente ha 'um
relacionamento muito intenso entre os fatos' denunciados pelo policial
O
procurador-geral da República, Roberto Gurgel (foto), vai pedir ao Supremo Tribunal
Federal (STF) que abra um inquérito contra o ministro do Esporte, Orlando
Silva. "Considerando a gravidade dos fatos noticiados, eu deverei estar
requerendo nos próximos dias a instauração de inquérito no STF",
anunciou na quarta-feira, 19/10. Com isso, Orlando Silva se tornará o primeiro
ministro a ser alvo de pedido de abertura de inquérito no governo Dilma. Nem os
ex-ministros Antonio Palocci e Wagner Rossi passaram por constrangimento
semelhante.
No
requerimento, Gurgel requisitará a realização de diligências para apurar a
veracidade das acusações feitas pelo policial militar João Dias Ferreira de que
Orlando Silva teria se envolvido num esquema de corrupção. Entre as
tradicionais diligências pedidas em casos semelhantes estão quebras de sigilo
bancário, fiscal e telefônico. "Os fatos noticiados, se verdadeiros, são
extremamente graves", declarou o procurador.
Para Gurgel,
não é possível chegar a conclusões apenas com base em um depoimento. "Nós
não podemos nesse momento considerar os fatos provados apenas em razão das
declarações de uma única pessoa. Nós temos que examinar isso com atenção
devida, com todo o cuidado, para verificar a sua procedência e, em sendo
procedentes, aí sim serem adotadas as providências que o caso requer",
afirmou.
O
procurador-geral também avalia a possibilidade de pedir ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ) que remeta ao STF o inquérito existente naquele órgão para
investigar suspeitas de envolvimento do governador Agnelo Queiroz no esquema.
Se isso realmente for feito, haverá apenas um inquérito, no STF, para
investigar Orlando Silva e Agnelo Queiroz.
"Estamos
neste momento examinando isso (concentrar a apuração no STF). Hoje passei a
manhã examinando esse aspecto e é possível sim que a Procuradoria peça aqui o
inquérito que existe relacionado ao governador e que se encontra no STJ",
afirmou. Segundo o procurador, aparentemente hã "um relacionamento muito
intenso entre os fatos".
O inquérito
contra Orlando Silva será aberto no STF porque ele é ministro de Estado e nessa
condição tem direito ao chamado foro privilegiado. Se ele deixar o cargo, a
investigação será transferida provavelmente para o STJ porque entre os
investigados está o governador Agnelo Queiroz. No Brasil, governadores somente
podem ser investigados perante o STJ. Depois das apurações, se o Ministério
Público concluir que há indícios suficientes do suposto esquema, os
investigados poderão ser denunciados. Se a eventual denúncia for aceita pelo
Judiciário, eles passarão à condição de réus.
Com dados da: A/E
Sabado,22/10/2011ás 16h:05
Postado pelo Editor
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