Deputada Federal Manuela D’Ávila (PCdoB)
Em meio às recentes denúncias
envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, uma Carta manuscrita de 40
linhas acusa o PCdoB, partido de Silva, no Rio Grande do Sul de desvio de
dinheiro público para financiamento de campanha. Apreendida em julho deste ano
durante a Operação Cartola --deflagrada pela Policia Civil gaúcha em oito
cidades do RS para investigar suspeitas em contratos que somam R$ 30 milhões--,
a correspondência acusa o titular da secretaria de Juventude e Esportes de
Alvorada (a 27 quilômetros de Porto Alegre), Nelson da Silva Flores, de forçar
a devolução de sobras de caixa do programa “Alvorada Olímpica”
para financiar a campanha da deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB). A
informação foi divulgada na edição desta quarta-feira (19) do jornal "Zero
Hora".
A denúncia foi feita pelo então
diretor de esportes da cidade Marcio Taylor, ex-filiado do partido. Datado de
maio de 2010, o documento relata o desvio de R$ 10 mil da secretaria para a
campanha. Procurado pelo UOL Notícias, o denunciante, por meio de
interlocutores, afirmou que não comentaria mais o caso, pois teria recebido
ameaças na noite passada. Mas, se inquirido pela polícia, reafirmaria o
conteúdo da carta.
Em nota à imprensa, o PCdoB
informou que sabia da existência da correspondência e que ela foi recolhida
junto a outros documentos pelos policiais, mas negou as acusações. O presidente
da sigla no Estado, Adalberto Frasson, classificou o material como antecipação
da disputa pela prefeitura de Porto Alegre no ano que vem, já que a deputada
Manuela D’Ávila é pré-candidata.
O prefeito de Alvorada, João
Carlos Brum (PTB), afirmou que a carta chegou à prefeitura em forma de
denúncia, que ouviu boatos sobre o seu conteúdo, mas que não a leu. Na manhã
desta quarta-feira (19/10), a deputada Manuela D’Ávila usou seu blog para se
manifestar sobre a denúncia. “Há uns três meses um jornalista me telefonou e
perguntou se eu sabia que ‘numa gaveta em Alvorada havia sido apreendida uma
carta que me citava durante a operação Cartola’. Um policial havia ligado para
ele e contado. Pedi mais informações e ele me disse que o policial afirmava que
não havia nada demais e que eu podia ficar tranquila”, escreveu em seu site.
Mais adiante Manuela escreveu que chegou a ligar para o chefe da Polícia Civil
gaúcha buscando mais informações. “Liguei para o chefe da polícia do Estado,
delegado Ranolfo, perguntando o que era, se precisava fazer algo, o que dizia.
Ele me disse para ficar tranquila, que era uma carta sem muito sentido, de um
cara dizendo que deu R$ 10 mil para outro cara para minha campanha. E que
quando eu tivesse um tempo eu fosse lá e lesse”, finalizou.
(Do Uol Noticias)
Quarta-feira, 19 de outubro de 2011ás 18h:05
Postado Pelo Editor
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