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Políticos
contrataram empresa sem licitação para cobrar tributos que retia 40% do
pagamento de multas
Sete ex-prefeitos de municípios do
Espirito Santo foram presos nesta terça-feira durante uma operação promovida
pela Polícia Civil em parceria com o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério
Público Estadual. Acusado de transferir a uma empresa particular o poder de
cobrar tributos municipais, o grupo teve a prisão temporária (por cinco dias)
decretada pela Justiça capixaba. Outras 18 pessoas que supostamente
participavam do esquema também foram presas de forma preventiva ou temporária,
e existe ainda um foragido.
O
grupo de sete ex- acusado de estelionato, usurpação de função pública, dispensa
ou inexigibilidade de licitação, excesso de exação, peculato e advocacia
administrativa. A área de atuação englobava pelo menos seis municípios
capixabas: Anchieta, Aracruz, Guarapari, Jaguaré, Linhares e Marataízes. Foram
presos dois ex-prefeitos de Anchieta (Edival Petri e Moacyr Assad), dois
ex-prefeitos de Aracruz (Ademar Devens e Luiz Carlos Gonçalves), um ex-prefeito
de Guarapari (Edson Magalhães), um de Linhares (Guerino Zanon) e um de
Marataízes ( Ananias Vieira).
A
investigação feita pelo Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo começou
em julho passado. Em dezembro, na primeira etapa da operação, chamada Derrama,
foram presas 11 pessoas acusadas de integrar o esquema. Nesta terça-feira foi
promovida a segunda fase, com mais 25 prisões.
Todas
as prefeituras contrataram sem licitação uma mesma empresa, a CMS Assessoria e
Consultoria, para cobrar tributos municipais.
A CMS passava a multar empresas
de grande porte que deviam tributos. Cerca de 40% do dinheiro que recebia em
nome das prefeituras era retido como pagamento pelos serviços prestados a cada
administração.
Terça-feira 15 de janeiro
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