Wilson Silvestre ==
O Jornal Opção inicia, a partir
desta edição, pequenas entrevistas com os prefeitos eleitos que assumem
mandatos em 1º de janeiro de 2013. O primeiro a abrir a lista é o prefeito de
Águas Lindas, Hildo do Candango (PTB). Ele tem pela frente um dos mais complicados
municípios do Entorno para administrar. Desemprego, violência, falta de
infraestrutura como saneamento básico, moradia e ensino superior. “Já sabíamos
que seria um grande desafio, por isso antecipamos alguns diálogos com
governador Marconi Perillo e outras autoridades que possam dar suporte neste
primeiro instante da nossa gestão.”
Dentre os grandes desafios que os
prefeitos vão enfrentar a partir de 1º de janeiro, a escassez de recursos
figura no topo da lista. Como o sr. pretende atender as demandas crescentes por
serviços básicos, como saúde, educação, infraestrutura, salários e custeio da
máquina burocrática com o caixa vazio?
Já sabíamos que seria um grande
desafio, por isso antecipamos alguns diálogos com governador Marconi Perillo e
outras autoridades que possa dar suporte neste primeiro instante da nossa
gestão. Esta contrapartida em projetos são fundamentais para os anseios da
população.
O sr. foi eleito com uma grande
aliança partidária e isso acaba sendo um complicador na hora de frear o apetite
dos aliados por cargos. De um lado, existe a necessidade de cortar gastos e de
outro, a pressão contrária daqueles que imaginam serem eles os únicos que lhe
deram a vitória. O sr. já conseguiu alicerçar esta engenharia política?
Sim, a conversa com os vereadores
tem sido no intuito de esclarecê-los sobre a necessidade de cortes nos gastos.
Tenho dito a eles que a nossa responsabilidade, como gestores públicos, é dar
maior eficiência à máquina pública. Isso, em tempos de escassez implica contenções
de gastos para sobrar recursos para os investimentos.
O sr. é um empresário bem
sucedido, portanto visto como bom gestor, mas a complexidade da máquina pública
e os trâmites burocráticos muitas vezes criam um abismo entre as promessas de
campanha e a realidade. Qual modelo de gestão o sr. pretende adotar:
centralizador ou compartilhado com os aliados?
Nós adotaremos medidas
centralizadas em alguns níveis e compartilhadas politicamente dentro base
municipal, estadual e federal observando apoios futuros que tragam beneficio de
investimentos para nossa cidade.
E se o aliado não corresponder às
exigências do cargo? O sr. teria como afastá-lo sem gerar uma crise na base?
O critério é o da competência. Se
não preencher este requisito, não hesitaremos em trocar, independentemente do
posicionamento político. Nossa meta é realizar um governo transparente e focado
nas demandas da população. Fomos eleitos para isso.
Edição 1956 de 30 de dez de 2012 a 5 de jan de 2013
Sábado 5 de janeiro
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