O
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou hoje (1º) que não
será no seu “turno” como ministro que a operação Lava Jato vai retroceder. Moro
participou do evento de lançamento do livro Corrupção: Lava Jato e Mãos Limpas
na sede do Jornal O Estado de São Paulo, na capital paulista.
“Houve
um grande avanço [com a Lava Jato], agora, é importante que nós transformemos
isso num padrão de comportamento, ou seja, que as pessoas tenham mais certeza
de que se elas cometerem crimes no âmbito da administração pública, elas vão
ser descobertas, investigadas e, se provada a culpa, vão ser punidas. É para
isso que nós temos trabalhado”, declarou o ministro.
Pacote
anticrime
Moro
preferiu não prever datas para a análise por parte do Congresso ao projeto de
lei anticrime. “Temos conversado com parlamentares e lideranças de ambas as
casas [Câmara dos Deputados e Senado]. O desejo, evidentemente, do governo é
que seja aprovado, discutido e, eventualmente, alterado e aprimorado o mais
rápido possível. Agora, o tempo do Congresso pertence ao Congresso. O que eu
tenho sentido, porém, em conversas com parlamentares é uma grande
receptividade. É uma questão de ajustar o debate e o diálogo”, disse Moro.
Coaf
O
ministro justificou a transferência do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf), antes vinculado ao extinto Ministério da Fazenda, para o
seu ministério. De acordo com ele, o órgão sobrecarregaria o ministério da
Economia. Ainda, para Moro, o Coaf estava negligenciado nos governos anteriores
e a mudança permitiu corte de cargos na área administrativa, que foram
direcionados para a área fim. Ele destacou que o órgão vai manter o seu caráter
de inteligência. (ABr)
Segunda-feira,
1º de abril, 2019 ás 18:00
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