O
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que o governo tem
que assumir a liderança de um projeto de mudança da tradição de impunidade da
corrupção. Em entrevista ao programa Impressões, da TV Brasil, que estreou
terça-feira (16/04), Moro afirmou que o projeto anticrime, encaminhado para o
Congresso Nacional, é um passo nesse sentido.
“A
lei serve para proteger o vulnerável, mas também para responsabilizar o
poderoso. Isso é algo que não tínhamos. Temos que consolidar avanços da Operação
Lava Jato, como a execução [da pena] [depois] da condenação em segunda
instância. O governo tem que ser uma liderança nesse projeto de mudança e
pretende fazer junto com o Congresso Nacional”, acrescentou Moro.
O
ex-juiz, que comandou a Lava Jato antes de assumir a pasta da Justiça, disse
que o governo tem a responsabilidade primária de dar essa resposta para a
sociedade. “O governo pretende fazer isto junto com o Congresso”, completou.
Apesar
de admitir que parlamentares possam optar por deliberar sobre o projeto ao
longo de todo este ano, o ministro acredita que a aprovação do texto possa ser
mais célere ainda que com modificações propostas pelo Congresso. “Diante desses
escândalos de corrupção, é preciso aprovar leis que enfrentem o problema. Não
só de corrupção, mas também do crime organizado e do crime violento”, afirmou.
Na
conversa com a jornalista Roseann Kennedy, o ministro disse que, no Executivo,
tem exigências de mais iniciativa e coordenação, diferentemente do que viveu ao
longo dos mais de 20 anos como juiz. No comando da pasta, além do projeto
anticrime, Moro tem comandado o planejamento de um projeto piloto que será
implementado em cinco cidades a partir do segundo semestre, em que a União terá
uma atuação maior no enfrentamento ao crime nestes locais, convergindo ações e
políticas públicas.
“A
ideia é aliar policiamento ostensivo – no que se refere tanto à Força Nacional
como as policias estaduais –, concentrarmos esforços de polícia judiciária para
investigar gangues responsáveis por crimes violentos e, por outro lado, buscarmos
a convergência com políticas locais”, explicou. (ABr)
Quarta-feira,
17 de abril, 2019 ás 18:00
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