O
Congresso deverá ter uma “super semana” de votações a partir de terça-feira(15).
Na pauta do plenário constam 31 itens, o último o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2016. A eventual mudança dessa proposta é a maior
preocupação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que admite deixar o governo
caso o Legislativo aprove zerar o superávit primário de 0,7% do PIB no próximo
ano.
A
pauta do plenário pode ser ampliada para 32 itens, caso a Comissão Mista de
Orçamento (CMO) aprove um dia antes o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA)
de 2016.
O
projeto da LDO é o trigésimo primeiro item da pauta. Antes, os parlamentares
terão de apreciar obrigatoriamente cinco vetos presidenciais, que trancam a
pauta, outros 24 projetos de abertura de crédito suplementar e o Plano
Plurianual (PPA) de 2016 a 2019.
Os
parlamentares podem até, logo após a análise dos vetos, aprovar um requerimento
de inversão de pauta para votar logo a LDO. Contudo, é possível que isso não
ocorra porque tanto os projetos de abertura de crédito quanto o PPA podem ser
votados logo. As propostas de crédito, geralmente, são consensuais e devem ser
apreciadas em rápidas votações.
A
expectativa do governo é que as votações ocorram, pelo menos, na terça e na
quarta-feira. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), já
avisou que convocará novas reuniões conjuntas das duas Casas Legislativas para
votar todas as propostas orçamentárias até o final do ano.
Mesmo
diante da possibilidade de complicar a situação das contas públicas, o governo
costurou inicialmente um acordo com Renan para “sacrificar” a votação da LDO de
2016 para ajudar na aceleração do processo de impeachment da presidenta Dilma
Rousseff na Câmara. A manobra permitiria manter o Legislativo em funcionamento
durante o recesso parlamentar, o que poderia levar à votação do pedido de
afastamento ainda em janeiro. Mas essa manobra regimental não deve prosperar
diante da reação de parlamentares contrários à estratégia. (AE)
Segunda-feira,
14 de dezembro, 2015
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