O
material escolar deve ficar, em média, 10% mais caro em 2016, segundo previsão
da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares
(Abfiae). A associação prevê que produtos fabricados no país, como caneta,
borracha e massa escolar, podem ter aumento de até 12% e que os produtos
importados, como mochilas, lancheiras e estojos, subirão de 20% a 30%.
Segundo
a Abfiae, nos últimos 12 meses os itens de material escolar subiram, em média,
10% e a expectativa é que esse percentual se mantenha no ano que vem. A
desvalorização do real, o aumento dos insumos e da mão de obra contribuem para
o aumento. “O aumento será maior do que o dos anos anteriores, que tem ficado
ligeiramente abaixo da inflação. Este ano será acima por causa da
desvalorização do câmbio, que tem impacto em toda a cadeia produtiva”, diz o
presidente da associação, Rubens Passos.
Segundo
ele, tanto os importadores quanto a indústria nacional sentirão o impacto. A
estimativa de redução nas vendas é 5% a 10% em relação a 2014.
Diante
desse cenário, o presidente da associação recomenda aos pais e responsáveis que
pesquisem bastante antes de comprar o material e que antecipem as compras.
“Muitos lojistas compraram produtos no primeiro semestre deste ano ainda sem o
aumento dos preços que ocorreu a partir de julho. Esses lojistas não sofreram
com os aumentos e estão com preço médio melhor. Quanto mais conseguirem
antecipar as compras, menores os preços”, explica.
O
presidente da Associação de Pais e Alunos do Distrito Federal (Aspa-DF), Luís
Claudio Megiorin, recomenda que os pais e responsáveis fiquem atentos à lista
de material escolar. Pela Lei
12.886/2013, as escolas não podem obrigar os pais a comprar material de uso
coletivo como papel higiênico ou resmas de papel. “Só de observar a legislação
que os protege, os pais poderão economizar de 30 a 40% no gasto com material
escolar”, diz.
Outra
dica de Megiorin é que os responsáveis expliquem às crianças e aos adolescentes
as dificuldades econômicas pelas quais o país está passando e os incentive a
escolher produtos mais baratos. “É um momento de aprendizagem de economia
doméstica. Os pais devem ensinar que não darão um estojo novo, um mochila nova
ou um caderno de uma marca mais cara porque a economia está difícil”.
Mariana
Tokarnia
Quarta-feira,
02 de dezembro, 2015
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