Numa
sessão que durou 13 horas, o Congresso encerrou no começo da madrugada desta
quarta-feira(25), a votação dos vetos presidenciais que trancavam a pauta da
Casa para a apreciação da mudança da meta fiscal pedida pelo governo e iniciou
a análise da pauta econômica.
Ao
todo, os parlamentares analisaram 24 vetos, com 13 destaques. Agora, os
deputados e senadores votarão o pedido que a equipe do governo do presidente em
exercício, Michel Temer, fez para que entregue, no fim de 2016, um rombo de R$
170,5 bilhões nas contas públicas.
Durante
a longa sessão, o PT tentou obstruir a maior parte dos trabalhos para evitar
que o tema fosse votado. Caso o Congresso não vote a mudança da meta fiscal até
o dia 30, segunda-feira, o governo precisará fazer um contingenciamento de R$
137 bilhões, sendo que só tem R$ 29 bilhões para cortar.
A
presidente afastada, Dilma Rousseff, pediu enquanto estava à frente do Palácio
do Planalto, a alteração da meta de um superávit de R$ 24 bilhões para um
déficit de R$ 96,6 bilhões. Antes que o tema fosse votado pelo Congresso, a
nova equipe econômica, agora comandada por Henrique Meirelles na Fazenda, pediu
uma autorização para entregar R$ 73,9 bilhões a menos.
Entre
os argumentos da nova equipe, Meirelles preferiu não contar com recursos que ainda
não são certos para o governo, como a repatriação de recursos de brasileiros no
exterior e a recriação da CPMF. O novo ministro da Fazenda contabilizou ainda
as despesas que o governo terá com a renegociação das dívidas dos Estados.
No
último relatório de Receitas e Despesas, o governo reviu ainda a expectativa
das receitas e aumentou, em proporção menor, as despesas.
(A/E)
Quarta-feira,
25 de maio, 2016
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