A
ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou quarta-feira
(18) que a presidenta afastada Dilma Rousseff seja notificada sobre
interpelação judicial proposta por deputados que questionam o fato de a
presidenta classificar o processo de impeachment de “golpe de Estado”. No
despacho, a ministra concedeu prazo de dez dias para que Dilma se manifeste a
respeito.
Na
ação, assinada pelos deputados Júlio Lopes (PP-RJ), Carlos Sampaio (PSDB-SP),
Pauderney Avelino (DEM-AM), Rubens Bueno (PPS-PR), Antônio Imbassahy (PSDB-BA),
Paulo Pereira da Silva (SD-SP), os deputados argumentam que a acusação de Dilma
é algo de “gravidade ímpar, sobretudo, ao se levar em consideração a recente
história nacional e as possibilidades de ruptura que declarações desse tipo
podem trazer à sociedade brasileira”.
Na
interpelação, os deputados apresentam uma série de discursos proferidos por
Dilma em que ela classifica o processo de impeachment contra ela de “golpe”.
“Ao
comportar-se da maneira como vem fazendo, a senhora presidente da República
deixa toda a nação em dúvida, recomendando, portanto, a presente interpelação,
a fim de que possa explicar qual a natureza, os motivos e os agentes desse
suposto 'golpe'”, dizem os deputados na ação.
Eles
pedem ainda que Dilma explique, entre outros pontos, quais atos compõem o golpe
denunciado por ela, quem são os responsáveis, quais instituições atentam contra
seu mandato e quais as medidas que ela pretende tomar, na condição de Chefe de
Governo e Chefe de Estado, para resguardar a República.
(Ivan
Richard)
Quarta-feira,
18 de maio 2016
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