Sob
autorização do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a
Policia Federal cumpre terça-feira (24/4) mandados de busca e apreensão no
gabinete e na residência do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), o "Dudu da
Fonte", e do senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP. Nesta
operação foi preso o ex-deputado Márcio Junqueira (RR).
A
PF investiga suspeita de obstrução de Justiça, por meio de tentativa de suborno
a um ex-assessor que fez acordo de delação. Caso provas do crime venham a ser
encontradas, o senador e o deputado podem até ser presos. O então líder do
governo Dilma Rousseff (PT) no Senado, Delcídio Amaral (MS), foi preso
exatamente em razão de flagrante de obstrução da Justiça.
A
operação policial foi deflagrada a pedido da Procuradoria Geral da República
(PGR), por isso procuradores da República acompanham o cumprimento do mandado,
que corre em sigilo e integra a Operação Lava Jato.
O
criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que atua na defesa de
Ciro Nogueira, informou mais cedo que seu cliente se encontra no exterior.
"Desconhece a defesa, até o presente momento, as razões da determinação
judicial do Ministro Fachin", disse Kakay, afirmando que o senador
"sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário, prestando depoimentos
sempre que necessário e, inclusive, já foi alvo de busca e apreensão". O
advogado informou ainda que Nogueira continuará a agir como o principal
interessado no esclarecimento dos fatos. "No momento, a defesa aguarda
contato com o Senador para poder ter o necessário instrumento de poderes que
dará direito ao acesso aos fundamentos da medida de busca e apreensão",
finalizou
Velho conhecido
Não
é a primeira vez que Eduardo da Fonte tem seu nome ligado a denúncias de
corrupção, mas em dezembro a Segunda Turma do STF rejeitou denúncia contra ele
do crime de corrupção passiva.
Na
Lava Jato, Eduardo da Fonte foi acusado de receber propina da construtora
Queiroz Galvão, uma das responsáveis pela construção da refinaria Abreu e Lima,
em Pernambuco, que custou R$68 bilhões aos cofres públicas, transformando-se na
refinaria mais cara do mundo. O deputado também foi acusado de intermediar a
aproximação com o então senador Sérgio Guerra (PSDB) falecido em março de 2014.
Terça-feira,
24 de abril, 2018 ás 7:00
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