O
governo federal expulsou 566 servidores públicos federais por irregularidades
de janeiro a novembro deste ano. Segundo o Ministério da Transparência e
Controladoria-Geral da União (CGU), o número já é o mais alto no comparativo
anual desde o início da série histórica em 2003.
A
prática de atos relacionados à corrupção foi o principal motivo das punições,
com 371 penalidades, o que corresponde a 65,5% dos casos. No ano, houve 467
demissões de servidores efetivos, 73 cassações de aposentadorias e 26 destituições
de ocupantes de cargos em comissão. De 2003 a novembro de 2018, foram expulsos
7.281 servidores.
No ano passado, 506
servidores foram expulsos por irregularidades.
“A
gente vai aprendendo com os casos de corrupção, criando mecanismos preventivos
para combater a corrupção. Então, todo esse conjunto para detectar casos, para
fazer investigações, vai sendo aprimorado. Não é nosso objetivo aumentar
sanção. A gente espera que ela reduza com o tempo, ” disse o ministro da CGU,
Wagner Rosário.
Os
dados foram apresentados quarta-feira (12/12) no balanço das principais ações e
resultados da CGU apresentado em evento alusivo ao Dia Internacional contra a
Corrupção, lembrado no último domingo (9).
Empresas
No
âmbito empresarial, são 145 processos administrativos de responsabilização em
andamento no Executivo Federal. Em 2018, cerca de 1,5 mil entes privados foram
penalizados por irregularidades. Na Operação Lava Jato, segundo a CGU, duas
empresas (Sanko Sider e MPE Montagens) foram declaradas inidôneas e proibidas
de contratar.
Em
relação à Lei Anticorrupção, a CGU, em conjunto com a Advocacia-Geral da União
(AGU), assinou três acordos de leniência em 2018: Odebrecht (R$ 2,72 bilhões),
SBM Offshore (R$ 1,22 bilhão) e MullenLowe/FCB Brasil (R$ 53,1 milhões).
Segundo o ministério, o total de recursos já ressarcidos por meio dos acordos
alcançou R$ R$ 589,6 milhões. Outros 20 acordos estão em negociação, sendo que
três estão próximos de serem assinados, informa a CGU. (ABr)
Quarta-feira,
12 de dezembro, 2018 ás 12:00
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