A
Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal cumprem nesta
segunda-feira, 31, mandados de busca e apreensão na investigação de um grupo
autointitulado terrorista que fez ameaça ao presidente eleito Jair Bolsonaro e
que reivindicou ter colocado uma bomba na noite do Natal na cidade de
Brazlândia/DF — desarmada pela Policia Militar. São sete mandados de busca e
apreensão no Distrito Federal, Goiás e São Paulo, um dia antes da posse de Jair
Bolsonaro em Brasília.
Um
grupo chamado Maldição Ancestral, em seu site, disse ter sido responsável pela
confecção e colocação de um artefato explosivo na madrugada do Natal em
Brazlândia. Na investigação sobre o caso, a Policia Civil alertou à PF que um
texto do grupo falava sobre possibilidade de ataque na posse de Jair Bolsonaro,
no dia primeiro de janeiro, razão pela qual o órgão passou a investigar o caso.
As
investigações, sob segredo de justiça, apuram o crime de associação criminosa,
além de outros ilícitos que possam a vir a ser identificados no decorrer das
ações.
Jair
Bolsonaro foi alvo de uma facada no dia 6 de setembro, um mês antes do primeiro
turno das eleições presidenciais. Ficou internado e ainda hoje utiliza uma
bolsa de colostomia — e ainda passará por nova cirurgia para retirada dela.
Em
seu site, o site investigado, autodenominado terrorista, mencionou a facada e,
citando a posse presidencial, disse ter mais explosivos.
“Se
a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro, talvez ele venha a ter mais
surpresas em algum outro momento, já que não somos os únicos a querer a sua
cabeça. (…) Dia 01 de Janeiro de 2019 haverá aqui em Brasília a posse
presidencial, e estamos em Brasília e temos armas e mais explosivos
estocados…”, afirmou.
Na
semana passada, a PF disse que, apesar da investigação estar em andamento, não
haveria mudança em sua atuação no esquema de segurança na posse. A PF acompanha
a segurança do presidente em si.
Devido
ao fato de Bolsonaro ter sofrido um ataque em setembro, o foi montado um meã
esquema de segurança para a posse presidencial. Haverá 2,6 policiais militares
trabalhando e, ao todo, chega a 12 mil o número de agentes de segurança
envolvidos, incluindo diversos órgãos. São esperadas 500 mil pessoas em
Brasília e cerca de 60 delegações estrangeiras na cerimônia de posse.
No
sábado, o esquadrão antibombas da Polícia Militar do Distrito Federal foi
acionado após um segurança ter encontrado uma mala nos arredores do prédio do
Ministério do Planejamento. Militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope)
chegaram a usar o aparato para esse tipo de operação, mas a mala estava com
roupas e nenhum tipo de material explosivo foi encontrado, segundo a Secretaria
de Segurança Pública do DF.
(Estadão
Conteúdo)
Domingo,
30 de dezembro, 2018 ás 22:00
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