O
governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), disse terça-feira (1/01), ao
ser empossado, que herdará “um estado à beira do colapso” com um déficit
orçamentário da ordem de R$ 3.4 bilhões.
“A
partir de amanhã, vou assinar dezenas de decretos cortando na carne, no osso.
Para dizer que a máquina pública não pode ser motivo de mordomias, de
negociatas, de benefícios, de contratos fora dos limites e de uma máquina que,
cada vez mais, corroem o patrimônio público”, prometeu Caiado, listando as
bases de seu projeto de governo.
“Desafio
qualquer prefeito aqui presente a dizer que o estado está em dia, que está
cumprindo determinações constitucionais”, disse Caiado, lembrando que, devido
ao grau de endividamento, o estado não conta com o aval da União para contrair
novos empréstimos.
Caiado
disse que ao se reunir com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu
que “voltassem a atenção para Goiás neste momento em que herdo uma dívida de
dois meses de salário dos servidores; de mais de R$ 140 milhões em empréstimos
em que a União é avalista e que não temos como pagar, o que pode levar ao
bloqueio do repasse do Fundo de Participação dos Estados”, acrescentando que há
hospitais fechados por falta de recursos; fornecedores do estado que não
recebem pelos serviços prestados e prefeituras que há mais de dez meses não
recebem os repasses estaduais para as áreas da saúde e de transporte escolar.
“É o colapso completo da máquina pública. ”
Ao
criticar seus antecessores, o governador prometeu estabelecer uma política
social solidária, que assegure aos “verdadeiros necessitados condições de
progredir”.
Caiado
foi eleito em primeiro turno, com 1.773.185 votos, 66,3% do total de votos
válidos. Ele prometeu enxugar a máquina pública para tentar reverter a crise
fiscal.
“Primeiro,
tolerância zero com a corrupção. Segundo, valorização do servidor público.
Combate às desigualdades regionais, pois não posso admitir termos, no estado,
regiões tão distintas e pessoas com tantas dificuldades no seu dia a dia. A
velha política foi sepultada”. (ABr)
Terça-feira,
1º de Janeiro, 2019 ás 18:00
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