O
governo federal deve anunciar quinta-feira (12/09) a assinatura de um raro
atestado de incompetência: mais de 5 milhões de bebês ficarão sem vacina penta
valente, que protege de difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Hemofílico B
(que causa meningite, pneumonia), entre outras. A vacina vinha sendo importada
da Índia, mas em junho a Anvisa vetou o produto. O Ministério da Saúde teve
quase três meses para resolver o problema. Agora, milhões de bebês ficam sob
risco.
A
vacina é aplicada no primeiro ano de vida. No Ministério da Saúde, estima-se
que isso somente estará disponível em fevereiro.
Não
faltou dinheiro, faltou competência no Ministério da Saúde. Os valores da
vacina são irrisórios, considerando as vidas que salva.
A
vacina a 87 centavos de dólar cada totaliza R$4,3 milhões, uma ninharia para o
orçamento de R$122,6 bilhões do ministério da Saúde.
Há
notícias de desabastecimento da vacina penta valente em São Paulo, Goiás,
Paraíba, Mato Grosso e no Distrito Federal, entre outros.
‘Não
há motivo para preocupação’
Por
sua assessoria, o Ministério da Saúde confirmou que já não há vacinas penta
valente disponíveis, mas garante que “não há motivo para preocupação” porque a
pasta “tem doses suficientes para fazer técnicas de bloqueio vacinal no caso
remoto de algum surto inesperado. ”
O
problema, segundo o Ministério da Saúde, é que “o grande fornecedor mundial, o
laboratório indiano Biológica, foi punido por falha na produção de um dos
componentes da vacina”.
O
governo brasileiro fez gestões e a Opas (Organização Pan-americana de Saúde),
segundo o ministério, “fará compras extras para voltar a normalizar o
fornecimento a partir de novembro. ” Ontem, o ministério havia feito a
estimativa de normalização do fornecimento somente em fevereiro próximo. (DP)
Terça-feira,
10 de setembro ás 11:21
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