A
Polícia Federal (PF) deflagrou quinta-feira (19/09), a segunda fase da Operação
Spoofing, que investiga a invasão de celulares pelo menos mil pessoas, entre
elas autoridades como o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça Sérgio
Moro e os procuradores da Operação Lava Jato, inclusive Deltan Dallagnol,
coordenador da força-tarefa. Foram presos o programador de computadores Thiago
Martins, o “Chiclete”, e Luiz Molição.
“Chiclete”
se encontrou com Walter Delgatti Neto, o Vermelho, em Brasília. Ele já esteve
envolvido em um episódio de compra de uma Land Rover com Tulio Guerreiro,
ex-jogador de futebol do Botafogo e do Corinthians – a transação não se
concluiu.
Cerca
de 30 policiais federais participaram das ações realizando ainda buscas em
quatro imóveis ligados aos investigados. As ordens foram cumpridas em São
Paulo, Sertãozinho (SP) e Brasília.
O
programador já está detido numa carceragem da PF em Brasília e Molição, preso
em Sertãozinho, deve ser transferido ainda nesta quinta-feira, de avião, para
Brasília. Ainda não há previsão de quando os dois serão ouvidos.
A
primeira etapa prendeu quatro investigados, entre eles Walter Delgatti Neto, o
“Vermelho” que confessou o hackeamento e o repasse das informações para o
portal The Intercept Brasil, que tem divulgado diálogos atribuídos a Moro e aos
procuradores. O hacker disse que não cobrou contrapartidas financeiras para
repassar os dados.
Além
de “Vermelho”, descrito como líder do grupo, a primeira fase da operação
prendeu no dia 23 de julho Gustavo Henrique Santos, o DJ de Araraquara, sua
mulher, Suellen Priscila de Oliveira e Danilo Cristiano Marques.
A
PF tem focado em desvendar se houve pagamento para a obtenção e
compartilhamento de mensagens por parte dos hackers. No fim de agosto, novas
medidas foram pedidas relacionadas à apuração de fraudes bancárias.
(Estadão Conteúdo)
Quinta-feira,
19 de setembro ás 18:00
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